Autoridades detetaram ainda uma pedra preciosa que creem tratar-se de um diamante, 15 relógios de luxo e um comprovativo de uma transferência feita para uma conta ligada a Miguel Albuquerque.
Durante as buscas na Madeira, a Polícia Judiciária (PJ) descobriu uma pedra preciosa entre cartões de visita e embrulhada em papel vegetal, que acredita ser um diamante, numa gaveta da mesa de Pedro Calado, ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal. Além disso, foram ainda encontrados 15 relógios de luxo avaliados em milhares de euros.
Hélder Santos/ASPress
De acordo com a TVI, foram ainda detetados 10 mil euros em casa da mãe do ex-autarca e 30 mil euros numa conta da sua filha. Parte do dinheiro foi encontrada em envelopes com o símbolo da autarquia.
Em casa de Pedro Calado, a PJ recolheu ainda um comprovativo de uma transferência de €7.500 para uma conta em nome de Miguel Albuquerque, presidente demissionário do Governo Regional da Madeira.
Perante as descobertas, a PJ acredita que Paulo Calado mostrava "um nível de vida muito superior àquele que é o esperado de um servidor público, seja no exercício das funções de vice-presidente do governo regional da Madeira, seja nas de presidente da câmara municipal do Funchal".
As buscas levaram à constituição de três arguidos, Custódio Correia, CEO da Socicorreia, Pedro Calado, ex-autarca do Funchal, e Avelino Farinha, empresário líder do grupo madeirense AFA.
Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência, segundo a PJ.
De acordo com documentos judiciais a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público refere que o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), o ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal Pedro Calado (PSD) e o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, estabeleceram, "ao longo do tempo, uma relação de particular proximidade e confiança" que terá beneficiado aquele grupo empresarial "ao arrepio das regras da livre concorrência e da contratação pública".
Entre os contratos alvo de investigação criminal, de acordo com os documentos judiciais estão a concessão de serviço público de transporte rodoviário de passageiros na ilha da Madeira, a concessão do Teleférico do Curral das Freiras, o projeto da Praia Formosa e o Funchal Jazz 2022-2023.
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