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Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro. O que eles andaram para aqui chegar

Margarida Davim , Alexandre R. Malhado 23 de novembro de 2023 às 20:00

Dois percursos, o mesmo objetivo. Pedro Nuno Santos lançou-se à liderança da JS só com um apoiante: o amigo Jorge Vultos Sequeira, que fez quilómetros ao volante de um Renault Laguna para conquistar apoios, um a um. Carneiro andou num grupo de jovens católicos, tocava acordeão e foi jornalista d'O Independente e autarca-modelo.

Pedro Nuno Santos tinha 27 anos, uma barba incipiente, óculos e um ar desengonçado. Na altura estava a trabalhar na administração da empresa do pai, em São João da Madeira, mas já era claro que a política era a sua vocação. Entrou pela primeira vez numa sede do PS para se inscrever aos 14 anos e aos 18 já era presidente de uma Assembleia de Freguesia, depois de ter sido candidato à câmara de São João da Madeira e de ter perdido para o muito experiente Castro Almeida do PSD. No ISEG tinha estado na Associação de Estudantes e dava nas vistas nos congressos da JS. Não havia dúvidas: queria ser líder da Jota, mas tinha um problema: praticamente ninguém o conhecia.

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