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Diogo Cabrita alega que a vacina contra a covid-19 pode provocar "AVC, enfarte e trombose" em jovens. Em vídeo, lançou suspeitas sobre a morte da atriz Maria João Abreu. Nas últimas autárquicas foi candidato de coligação do PSD e CDS a uma junta de freguesia de Coimbra.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (OM) instaurou um processo disciplinar contra o médico negacionista Diogo Cabrita, que trabalha no Hospital dos Covões, em Coimbra, avança o Observador. Fundador da associação Aliança Pela Saúde Portugal, fez em maio uma caminhada de Coimbra a Lisboa em protesto contra a inoculação da vacina contra a covid-19 em jovens, alegando que estes correm risco de AVC ao serem vacinados. OM está agora a deliberar se se pode "consubstanciar a prática de infração disciplinar".
Diogo CabritaFacebook
Durante a "Marcha pelas Crianças", iniciada a 13 de maio, Diogo Cabrita afirma num vídeo partilhado na página do movimento que a vacina contra a covid-19 é "experimental" e que pode provocar em jovens "um AVC, um enfarte do miocárdio, uma trombose venosa profunda".
Mais tarde, ao quarto dia de marcha até Lisboa, Diogo Cabrita levantou suspeitas sobre a morte da atriz Maria João Abreu estar relacionada com a vacina contra a covid-19: Por que não fica claro se a Maria João [Abreu], a atriz, foi ou não vacinada? Ela teve a doença, houve informações de que foi vacinada, e a seguir há um caso brutal. Eu não sei se a vacina teve a ver, acho que significa qualquer coisa quando estamos a sonegar informação", diz.
O médico negacionista diz ainda que os jovens estão "adormecidos" e questiona como um médico de 25 anos "caminha para uma vacina experimental", comparando a decisão a "Treblinka [campo de concentração na Polónia]" e à "caminhada dos judeus para os fornos crematórios".
Na mesma "Marcha pelas Crianças", Diogo Cabrita esteve acompanhado pelo juiz negacionista Rui Castro, entretanto demitido pelo Conselho Superior da Magistratura, e por Margarida Oliveira, uma das fundadoras da organização Médicos pelas Verdade e suspensa por seis meses pela Ordem dos Médicos.
Médico negacionista foi candidato pelo PS em 2013 e pelo PSD nas Autárquicas de 2021
Com 60 anos, Diogo Cabrita é cirurgião geral desde 2003 no Hospital dos Covões, mas a sua carreira na política nasceu antes da criação da associação Aliança Pela Saúde Portugal.
Em 2013 foi o candidato autárquico do PS à Câmara Municipal de Valença, no distrito de Viana do Castelo, devido às ligações familiares com o município, tendo estado ligado aos socialistas desde 1991. Perdeu, para o PSD, mas permaneceu como vereador até 2016, sendo também membro da Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos desde 2019.
Em 2021, as cores mudaram. Diogo Cabrita foi, nas autárquicas de setembro deste ano, candidato à união das freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, em Coimbra, pela coligação do PSD com o CDS, o Nós, Cidadãos!, o RIR, o Aliança e o PPM. Apesar da vitória de José Manuel Silva no concelho, Cabrita voltou a perder, desta vez para o PS, por mais de mil votos de diferença.
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Só com muita candura não se constatará que o capitão da selecção portuguesa esteve em Washington noutra qualidade que não a de embaixador dos sauditas.
Os sistemas públicos precisam de alarmes, alertas e indicadores automáticos. No caso de Obélix, era impossível não notar que uma única médica prescrevia milhares de embalagens em volume muito superior ao padrão clínico nacional.