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Operação Marquês: O dinheiro e o poder de mãos dadas

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 17 de abril de 2018 às 12:26

José Sócrates acumulou um grau de influência sobre bancos, empresas e empresas de comunicação social sem precedentes na economia portuguesa.

No dia 30 de Junho de 2008, na apresentação de uma biografia do então primeiro-ministroJosé Sócrates – O Menino de Ouro do PS, da jornalista Eduarda Maio –, o socialista António Vitorino descrevia o governante assim: "É o primeiro líder do PS totalmente formado em democracia. Sócrates focaliza-se nos resultados. Sócrates percebe que nenhuma estratégia fixista pode ter sucesso num mundo em rápida mudança." A descrição parecia assentar no lado mais visível dos três primeiros anos de governação socialista. Sócrates liderara uma reforma da Segurança Social e chegara a introduzir o debate sobre a "flexi-segurança", dera a cara por um esforço de redução do défice orçamental, por medidas na Educação que levaram à maior manifestação de professores até então e por uma política de diplomacia económica orientada para as exportações. Sócrates ganhara reputação de pragmatismo e de um socialismo mais moderno sem pruridos de conviver com uma economia de mercado.

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