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Ongoing: a denúncia do “ex-irmão de sangue” contra Vasconcellos

Ana Taborda com Bruno Faria Lopes 31 de julho de 2021 às 18:00

Esquemas com a mãe, documentos falsos, cadeiras e móveis desaparecidos. Rafael Mora acusa Nuno Vasconcellos, ao lado de quem liderou a falida Ongoing, de desviar ativos dos credores – e de até pôr um hacker a roubar software.

Nuno Vasconcellos e Rafael Mora já foram mais do que sócios e melhores amigos – quando a Ongoing estava ainda em ascensão era frequente tratarem-se em público “por irmãos de sangue”. O primeiro era o dono do negócio, o segundo era o administrador com mais poder. Zangaram-se em 2015 – um ano depois do colapso do BES e um ano antes da falência da Ongoing – e desde então têm travado uma batalha nos tribunais dos Estados Unidos e do Brasil à volta de alguns despojos. Em junho de 2018 essa batalha veio para Portugal, quando Mora e um sócio seu, André Parreira, entregaram no Ministério Público uma denúncia com 262 páginas sobre alegados esquemas de fuga aos credores por parte de Vasconcellos, um documento a que a SÁBADO teve acesso.

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