Sábado – Pense por si

Ex-melhor amigo do patrão da Ongoing promete revelações sobre "o artista"

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 09 de junho de 2021 às 08:00

Rafael Mora, figura-chave na Ongoing de Nuno Vasconcellos, é ouvido esta quarta-feira no Parlamento. Diz que saltou do barco em chamas por "não ter vocação suicida", que Vasconcellos fintou os credores - e que está "no momento mais feliz" da vida.

Rafael Mora tinha acabado de sair de um almoço de família no restaurante das Azenhas do Mar – pendurado sobre o Atlântico perto do Cabo da Roca, nos arredores de Lisboa – quando respondeu ao contacto da SÁBADO. Estava numa disposição solar. "Estou no momento mais feliz da minha vida", contou o ex-vice-presidente da malograda Ongoing na véspera da sua inesperada audição na comissão parlamentar de inquérito sobre as perdas do Novo Banco. Os deputados, frustrados com o comportamento amnésico e desafiador do ex-patrão da Ongoing, Nuno Vasconcellos, esperam que Mora tenha melhor memória. O gestor espanhol garante que irá contar tudo o que sabe sobre as movimentações do "artista", como chamou ao longo da conversa com a SÁBADO ao seu ex-melhor amigo e parceiro numa das maiores histórias de ascensão e queda empresarial em Portugal: a do grupo Ongoing, cujo colapso deixou cerca de 1.200 milhões de euros em dívidas por pagar. Desse monumental calote, cerca de 520 milhões ficaram no Novo Banco.

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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".