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O caso da queixa por extorsão contra o deputado Carlos Eduardo Reis

Paulo Vila 17 de junho de 2023 às 10:00

O acompanhante “encorpado” do deputado do PSD terá dito que “ou pagava a bem, ou pa gava a mal”. A alegada dívida foi reclamada em nome de uma empresa que não existe. E o processo só foi travado por um apressado acordo extrajudicial. Alguns dos envolvidos foram entretanto contratados pela câmara de Barcelos, onde o social-democrata é vereador.

Se, do ponto de vista político, a Operação Tutti Frutti só agora está a causar embaraços ao deputado Carlos Eduardo Reis, pessoal e profissionalmente há muito que a vida do empresário de Barcelos é afetada por “prejuízos avultados”. Politicamente, manteve-se tranquilo no PSD – e foi candidato a deputado – enquanto Rui Rio se manteve na liderança do PSD, ou não fosse ele um dos homens da sua confiança. Mas o mesmo não aconteceu com os negócios, admitia já o próprio numa entrevista aoJornal de Barcelos, em 2019, “porque os julgamentos são todos feitos nas tabacarias e as empresas deixam de poder funcionar normalmente”.

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