Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda que a primeira aula que deu foi de Economia, decorria o ano lectivo de 1972/1973.
A última aula como professor do Presidente da República vai basear-se num retrato da sua vida académica, tentando "não ser muito maçador" na abordagem aos estudantes, revelou hoje Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República preside na quinta-feira à sessão solene de abertura do ano académico na Aula Magna da Universidade de Lisboa e profere a sua última aula como professor universitário.
"Esta última aula vai ser um bocadinho retrato da minha vida, da minha vida académica. Como é um balanço, é um bocadinho olhar para trás e tentando não ser muito maçador, muito enfadonho, muito longo, recordar esse ritmo galopante à medida que o mundo mudava, a Europa mudava, o país mudava e a minha vida também mudava", disse.
O chefe de Estado, que falava aos jornalistas após a cerimónia de encerramento do segundo congresso do Movimento de Cidadania Melhor Alentejo, que decorreu no Centro de Congressos da Câmara de Portalegre, confessou que, apesar de se despedir da comunidade académica, já sente saudades de dar aulas.
"Já tenho saudades de dar aula, aquela aula de amanhã [quinta-feira] é uma aula muito especial porque é na abertura do ano lectivo. Espero que seja um bocadinho mais curta do que as aulas habituais e já é uma aula de partida, de despedida", declarou.
Questionado sobre a nomeação do procurador-geral da República (PGR), Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que a iniciativa parte do Governo e quando a mesma lhe for apresentada vai ponderar, sublinhando ainda que "até lá" é "descabida" toda a "especulação" sobre o que pensa ou venha a decidir sobre esta matéria.
Nesta passagem por Portalegre, onde foi recebido por dezenas de populares nas imediações do Centro de Congressos, o chefe de Estado defendeu uma maior união entre as várias regiões que integram o Alentejo.
Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que "há vários 'alentejos'", mas que "há um que reúne todos" e, "quanto mais unidos" estiverem os alentejanos, "maior é a massa crítica, maior é o peso interno e externo".
"Se a sociedade civil não insiste e não dá força ao poder político alentejano é difícil que ele tenha a voz que deve ter", frisou.
Sobre a construção do projecto hidroagrícola da Barragem do Pisão, no concelho do Crato, distrito de Portalegre, Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que esta é uma "reivindicação antiga" que "foi sendo adiada".
"A sociedade civil é que deve apresentar, defender, propor aquilo que são as prioridades, as reivindicações para o próximo quadro de fundos comunitários", disse.
O segundo Congresso do Movimento de Cidadania Melhor Alentejo debateu temas como a desertificação, gestão da água, desenvolvimento económico e infraestruturas rodoviárias e ferroviárias.
O encontro contou com a presença de vários oradores convidados pelo movimento, criado em 2016 por um grupo de cidadãos naturais ou com ligação ao Alentejo.
O movimento, que assegura ser apartidário, é apoiado por vários empresários e personalidades, como José Maria Amorim Falcão, José Ribeiro e Castro, Luís Mesquita Dias e José Roquette.
Marcelo Rebelo de Sousa vai basear última aula na sua carreira académica
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