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Marcelo desiludido com Conferência Episcopal defende reparação das vítimas

O chefe de Estado sugeriu que agora a Conferência Episcopal Portuguesa faça "uma reflexão complementar para reencontrar o caminho que se perdeu nestes 20 dias".

O Presidente da República declarou-se esta quinta-feira desiludido com a resposta da Conferência Episcopal Portuguesa ao relatório sobre abusos sexuais de menores na Igreja Católica Portuguesa e defendeu uma reparação das vítimas.

António Cotrim/Lusa

Em entrevista à RTP e ao Público, previamente gravada no Palácio de Belém, e divulgada esta quinta-feira à noite por estes dois órgãos de comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "foi uma desilusão a posição da Conferência Episcopal", considerando que foi tardia e "ficou aquém em todos os pontos que eram importantes".

"Como Presidente da República a expectativa que havia era tão simples: era ser rápido, assumir a responsabilidade, tomar medidas preventivas e aceitar a reparação. E de repente é tudo ao contrário, em termos gerais, ou cada um para seu lado", lamentou.

O chefe de Estado sugeriu que agora a Conferência Episcopal Portuguesa faça "uma reflexão complementar para reencontrar o caminho que se perdeu nestes 20 dias".

Na sexta-feira passada, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, recusou indemnizações às vítimas de abusos sexuais por parte da Igreja Católica Portuguesa, remetendo-as para os autores individuais dos crimes.

Por sua vez, no domingo, o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, interrogado sobre eventuais indemnizações, declarou: "Eu até acho isso um bocadinho -- desculpem-me a expressão -- insultuoso para as vítimas, até porque a generalidade das vítimas não falou, nenhuma delas, em indemnização".

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