O secretário-geral do PCP agradeceu ao ministro socialista por defender o êxito e reedição do acordo à esquerda, dizendo que "funcionou" e que "não foi um parêntesis" na história da política portuguesa.
O secretário-geral do PCP disse na quarta-feira que ficou "muito agradecido" ao ministro socialista Pedro Nuno Santos por defender o êxito e reedição do acordo à esquerda, mas considerou que agora "não corresponde ao sentimento prevalente" no PS.
António Cotrim/Lusa
Interpelado sobre as declarações do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na terça-feira, de que o acordo à esquerda "funcionou" e que "não foi um parêntesis" na história da política portuguesa, Jerónimo de Sousa disse que ficou "muito agradecido".
No entanto, em entrevista à RTP, na noite de quarta-feira, o dirigente comunista Jerónimo de Sousa considerou que "isso não corresponde ao sentimento prevalente no PS", mas ficou o "registo" das palavras de Pedro Nuno Santos.
A 'geringonça', como ficou popularmente conhecido o acordo feito em 2015 entre PS, BE, PCP e PEV, "foi uma fase da vida nacional", mas poderá voltar a haver "convergência, designadamente com o PS, mas não só", se assim justificar o momento e as propostas em cima da mesa "que respondam aos problemas do país".
Jerónimo de Sousa rejeitou também a noção de uma ligação direta entre o entendimento com o PS e os resultados eleitorais da CDU nos últimos anos.
Reconhecendo que pode haver "um ou outro descontente" com a solução encontrada em 2015, o membro do Comité Central sustentou que o partido está longe de ver o "papel da agência funerária".
O secretário-geral do PCP acrescentou que existe "um fator de alteração sociológico que merece reflexão" sobre os resultados eleitorais da CDU nas últimas eleições.
Do contacto nas ruas, Jerónimo de Sousa revelou que várias pessoas lhe disseram que o partido agiu corretamente ao 'chumbar' a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) na generalidade.
Já sobre relações entre os resultados nas últimas eleições autárquicas e a rejeição do documento, o dirigente do PCP foi perentório em afirmar que as águas foram separadas: "Com grande franqueza, e estou mesmo a falar a sério, os resultados das eleições não determinaram, nem influenciaram, qualquer processo de diálogo e de encontro com o PS".
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