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Jardim aponta Costa como "braço direito" de Sócrates

03 de outubro de 2019 às 21:00
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Jardim foi hoje 'a estrela' da arruada e do comício do PSD no Porto, e aqueceu as centenas de pessoas que se concentraram na Praça da Batalha, sob chuva miudinha.

O ex-presidente do Governo Regional da Madeira,Alberto João Jardim, apontou hoje o caso de Tancos como uma anedota e "uma imagem do Portugal socialista", e destacou queAntónio Costaera "o braço direito deJosé Sócrates".

Jardim foi hoje 'a estrela' da arruada e do comício do PSD no Porto, e aqueceu as centenas de pessoas que se concentraram na Praça da Batalha, sob chuva miudinha, antes do discurso do líder do PSD, Rui Rio, tendo sido o único a falar no caso de Tancos.

"A anedota nacional, o caso de Tancos, é uma imagem do Portugal socialista. Reparem: o barco encalhou, o barco começou a meter água, o barco começou a ir ao fundo, os marinheiros sabem que o barco está afundado, o imediato do navio sabe que o barco está afundado e o comandante, coitadinho, não sabe de nada", criticou, provocando risos entre assistência.

Jardim, que liderou durante mais de quarenta anos a Região Autónoma da Madeira, acusou o primeiro-ministro de "falta de sentido de Estado" por trazer "as forças do fascismo comunista" para a esfera do poder.

"Ó senhor, nenhum país da Europa tem os comunistas na área do poder, como é que podemos em Portugal consentir que o fascismo comunista esteja na área do poder?", questionou.

Alberto João Jardim fez ainda questão de recordar que António Costa integrou governos do anterior primeiro-ministro José Sócrates.

"É preciso não esquecer com quem estamos a lidar: António Costa era um dos braços direitos de Sócrates, agora ninguém fala nisso, nem se conhecem, era o braço direito do homem", apontou.

Jardim defendeu que "Portugal não pode ter um primeiro-ministro que não tem sentido de Estado e pensa só no seu partido e no seu interesse pessoal".

No seu discurso, o antigo líder madeirense acusou ainda os socialistas de "gostarem e precisarem de manter a pobreza".

"Com uma classe média forte a democracia robustece e, quando há muita pobreza, as pessoas ficam dependentes das esmolas do Estado, dos subsídios do Estado, da caridade do presidente da Câmara e são obrigadas a votar nessa gente", defendeu.

"O socialismo segue o caminho do empobrecimento de Portugal para ter cada vez mais portugueses no poder", acusou.

Num comício com tradução em língua gestual, Rui Rio fez questão de agradecer a Jardim a sua participação na campanha, que tem tido poucos notáveis.

"Posso dizê-lo, o dr. Alberto João Jardim é o português que mais vitórias democráticas teve na história de Portugal", saudou, contabilizando-as em 44.

Antes, discursou o cabeça de lista pelo Porto, Hugo Carvalho, que saudou Rui Rio com um "bem-vindo a casa", e apontou uma escolha para as eleições de domingo.

"Entre escolher o situacionismo da esquerda e votar no PS ou nos partidos pequeninos e o reformismo de Portugal votando no PSD", defendeu.

Em 2015, a coligação PSD/CDS-PP elegeu 17 dos 39 deputados escolhidos pelo círculo do Porto (que este ano ganhou mais um), 14 dos quais sociais-democratas.

lusa

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