Sábado – Pense por si

IL estagna na "corrida de fundo" e perde relevância no xadrez governativo

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 11 de março de 2024 às 01:55

O copo meio cheio dos liberais: mantêm os oito deputados conseguidos em 2022, resistindo à tenaz do voto útil e da subida dos rivais. O copo meio vazio: a IL atingiu um teto e, pior, não se tornou indispensável para a governabilidade da direita moderada, contra a esquerda e o Chega.

Era quase uma hora da madrugada, Rui Rocha estava a falar para as televisões, mas estas já não estavam a transmitir em direto – nos oito ecrãs ao lado do palanque onde o presidente da Iniciativa Liberal discursava quem aparecia era o socialista Pedro Nuno Santos e, depois, o social-democrata Luís Montenegro. A escolha das estações de televisão ilustra a situação da IL depois destas eleições: o partido resistiu à tenaz do voto útil e do crescimento de forças rivais, mas perdeu largamente a oportunidade de ser mais relevante para a governabilidade.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.