O fundador do Bloco de Esquerda e ex-conselheiro de Estado criticou o voto útil que deu a maioria absoluta ao PS. "O desastre da maioria absoluta está a corroer a confiança democrática."
O fundador do Bloco de Esquerda e ex-conselheiro de Estado Francisco Louçã proclamou este sábado "a morte da maioria absoluta".
Lusa
"Um ano depois, a maioria absoluta é um fantasma. Pergunto então, o que fizeram da vitória [os que votaram no PS por voto útil] e onde está a estabilidade prometida?", aponta o antigo líder bloquista.
"O desastre da maioria absoluta está a corroer a confiança democrática", salienta. Entre vários exemplos apontados, Louçã falou da demissão de Miguel Alves — um coordenador do Governo demitido "por contas estrambólicas" — ou a crise da habitação. "Nos 50 anos do 25 Abril, não acha estranho que Lisboa seja a segunda capital mais cara da Europa?"
Num discurso alinhado ao queCatarina MartinseMariana Mortáguahaviam dito, Louçã reforçou a proclamação da morte da maioria absoluta do Executivo de António Costa: "A maioria absoluta não será salva, ela morreu-se." "Citando Chico Buarque, é preciso espantar este tempo feio", disse.
A XIII Convenção Nacional do BE, que vai eleger a nova liderança, começa este sábado em Lisboa com um arranque dominado pelo discurso de despedida de Catarina Martins, a apresentação e discussão das moções em disputa e as intervenções dos delegados.
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.