Ministro das Finanças diz não ter conhecimento da investigação que desencadeou buscas da Polícia Judiciária na Câmara de Lisboa por “suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação”.
Fernando Medina diz não ter "conhecimento de nenhuma investigação em curso", e que nunca foi ouvido ou chamado a prestar esclarecimentos em qualquer processo, "e em especial o que foi noticiado".
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
"Entendo que é minha obrigação contribuir para esse esclarecimento, e pedi à Procuradoria-Geral da República para ser ouvido", afirmou o ministro das Finanças, "para prestar todos os esclarecimentos que o MP entenda necessários."
"Sou o principal interessado em fazê-lo", frisou. A investigação desencadeou buscas da Polícia Judiciária na Câmara de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação", segundo a imprensa.
"Acho que é a única forma em que o posso fazer, perante o conjunto de notícias". A investigação centra-se numa nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina.
Segundo a TVI, em causa estarão "a viciação das regras para a contratação de um histórico do PS de Castelo Branco com vista à gestão das obras públicas na capital".
"O Ministério Público acredita que o objetivo do esquema visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS, através dos chamados sacos azuis", referiu a TVI.
Ainda de acordo com a estação de televisão, a PJ realizou buscas no departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa e nas casas e empresas de dois empresários de Castelo Branco, suspeitos de participarem num esquema de angariação de fundos para estruturas do Partido Socialista. "Os alvos, por suspeitas de corrupção, são Joaquim Morão, histórico socialista e ex-autarca de Castelo Branco e de Idanha-a-Nova, e o seu amigo António Realinho, empresário da mesma zona do país, que até já cumpriu pena de prisão por burla."
Acerca da contratação de Joaquim Morão, Fernando Medina assumiu as responsabilidades indicando que as decisões "estão expressas de forma muito clara no despacho que assinei em 2015". "Constituímos uma equipa das obras municipais numa altura em que Lisboa estava a realizar mtas obras", afirmou, dando o exemplo da Avenida da República, ou do Campo das Cebolas. "Era um conjunto de intervenções que era importante coordenar, criámos uma equipa de missão específica para esse fim. O despacho é público e essa equipa desempenhou o seu papel."
"Eu sei que a comunicação social diz que há suspeitas, não sei quais são", adiantou. "É um processo público porque as decisões da Câmara são públicas" e foi feita monitorização das obras. "Está definido o mandato por escrito, o que se pediu."
"Não se deve encontrar muita gente nos diferentes partidos que não reconheça os grandes méritos de Joaquim Mourão para empreendimentos desta natureza", afirmou ainda Medina.
Fernando Medina defende que a escolha "não teve que ver com o critério partidário". "Tenho a consciência totalmente tranquila", frisou.
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