Henrique Barros acredita que o plano de vacinação tem reduzido mortalidade devido à covid-19 e tem uma perspetiva otimista de que Portugal pode deixar de ter casos até ao outono.
Há uma possibilidade de em setembro já não haver casos de covid-19 em Portugal, avançou Henrique Barros, o presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto esta terça-feira, na reunião do Infarmed.
"É possível, com as medidas de proteção que são tomadas e com a proteção, garantir que por setembro, se tudo correr normalmente, esperamos não ter casos." Foi esta a frase do especialista que teve uma das participações mais otimistas do encontro de peritos.
Na reunião que discute a evolução da pandemia e a que assistem os especialistas médicos e os políticos, Henrique Barros fez uma avaliação muito positiva do progresso do plano de vacinação contra a covid-19, referindo que os seus efeitos já são visíveis nas faixas etárias mais velhas. De acordo com o especialista, a redução da mortalidade e o nível mais baixo de infeções entre os mais velhos são indícios de que a vacinação tem um efeito preponderante nestes dois campos: mortalidade e infeção. "A vacinação, claramente previne a infeção e as mortes. É por isso fundamental continuá-la."
O perito disse ainda que sem vacina seria expectável um regresso a um pico de infeção como o que se verificou em janeiro/fevereiro, no país.
Alguém que fique infetado com o novo coronavírus em abril tem uma probabilidade cinco vezes inferior de morrer do que alguém que ficasse infetado nos primeiros meses de pandemia, declarou Barros durante a sua participação na reunião, afirmando ainda que o plano tem tido um efeito mais positivo do que o inicialmente previsto. A probabilidade de um doente morrer por covid-19 baixou em Portugal de 4%, nos primeiros dois meses da pandemia, para 0,5%, informou.
Esta probabilidade pode variar com as mutações genéticas do SARS-CoV-2, o que obriga à manutenção de uma monitorização atenta, cuidada e contínua das variantes.
Portugal Covid-19 - vacinaçãoReuters
Henrique Barros, que falou sobre a vacinação, as variantes genéticas do vírus e a mortalidade, adiantou que a redução da probabilidade de morrer por covid-19 se explica com a testagem, que é agora muito maior, "quando no início apenas se identificavam os casos mais graves", mas também com os efeitos da aprendizagem na capacidade de resposta à doença.
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