O requerimento foi rejeitado com os votos contra de PS e PSD, abstenção de CDS-PP e Iniciativa Liberal (deputado único) e favoráveis de PCP e BE.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) rejeitaram hoje o requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para divulgação pública imediata e integral do relatório de auditoria especial ao Novo Banco enviado pelo Governo ao parlamento.
O requerimento foi rejeitado com os votos contra de PS e PSD, abstenção de CDS-PP e Iniciativa Liberal (deputado único) e favoráveis de PCP e BE.
Tanto PSD como PS afirmaram que são, por regra, favoráveis a que estas matérias sejam divulgadas publicamente, auxiliando o debate público, mas que não o podem fazer se persistem dúvidas legais de que há matérias que seriam divulgadas cobertas pelo segredo bancário.
Sobre pedidos de esclarecimento aos serviços jurídicos do parlamento, o presidente da COF, Filipe Neto Brandão, disse que estes já manifestaram de que não é possível dizer "com margem confortável" os elementos sujeitos ou não a sigilo.
Do CDS-PP, Cecília Meireles criticou o Ministério das Finanças por ter classificado o documento como confidencial quando o enviou ao parlamento, já que não haveria esta discussão se não o tivesse feito, e considerou que grandes devedores que motivam injeções de capital em bancos devem ser divulgados.
Mas afirmou que, segundo o Novo Banco, poderão ocorrer prejuízos por serem divulgadas perdas em ativos que estão em processo de venda. "Não posso acompanhar e votar favoravelmente porque pode abrir porta a vitimizações do Novo Banco e não estou disponível", afirmou.
O deputado único da Iniciativa Liberal, Cotrim Figueiredo, disse que os clientes dos bancos têm direito à privacidade e que se recusa a que alguém que tem dívidas a um banco seja tido como um criminoso.
"Se há matérias que dizem respeito a identificação de operações ou pessoas não estou à vontade para ser o parlamento a levantar o sigilo bancário", vincou.
Pelo BE, Mariana Mortágua disse que o documento em votação para ser divulgado é o enviado pelo Governo ao parlamento em que não constam nomes de devedores, mas códigos (o documento à parte que seguiu para os deputados, em que está a relação entre os códigos dos devedores e seus nomes, não seria divulgado - disse).
Pelo PCP, Duarte Alves criticou o Governo por não ter divulgado o documento (quando foi ele que ordenou a auditoria) e notou uma "diferença de pruridos" face a matérias semelhantes, dizendo que no passado o PSD foi logo favorável à divulgação da auditoria à Caixa Geral de Depósitos (CGD), ao contrário do que se passa agora com a auditoria ao Novo Banco.
Em 1 de setembro, o Governo (Ministério das Finanças) enviou ao parlamento a auditoria ao Novo Banco (realizada pela consultora Deloitte) com a menção de 'confidencial'.
Entretanto, também o Novo Banco enviou o relatório da auditoria, mas expurgando de matérias que considerou confidenciais (são cerca de 17 páginas com informação truncada, com nomes de devedores e operações que deram origem a perdas significativas), sendo esta versão da auditoria a que foi publicada pelo parlamento.
Deputados chumbam divulgação imediata e integral de auditoria ao Novo Banco
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.