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Crónica de campanha por Vítor Matos: O ponto de viragem ou o rigor da incerteza

Vítor Matos 23 de setembro de 2015 às 21:51

Passos foi levado em ombros em Arcos de Valdevez, mas o défice deixa-o num limbo difícil: o mais certo é que o resultado seja cada vez mais incerto

Pela manhã, em Arcos de Valdevez, Pedro Passos Coelho ainda estava sozinho e avançava pelas ruas solteiro do seu parceiro (leia-se, sem Paulo Portas). Pela tarde, Paulo Portas estava solitário em Ponte de Lima e Viana do Castelo (ou seja, sem Passos Coelho, que foi para uma cimeira em Bruxelas sobre os refugiados). Quando o dia começou, para mostrar determinação ou boa forma física, o líder do PSD decidiu prescindir do carro, para desespero dos seguranças, e avançou pelas ruas de Arcos de Valdevez, à frente da comitiva. O passo estugado era tão rápido que Marco António Costa teve que dar umas corridinhos para o apanhar, (e os jornalistas também, é verdade). Era um verdadeiro "passos", gabando-se de ser um grande caminhante, embora mau corredor. Andou, andou, mas meteu-se pelo caminho errado. O rumo não era aquele e andar aos ziguezagues não se recomenda a políticos. A sua viatura lá apareceu e Passos meteu-se num carro (Marco António incluído), que avançou uns meros 70 ou 100 metros, para logo a seguir parar e Passos Coelho voltar sair, para novamente a andar a pé. Não se percebeu nada daquilo.

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