Primeiro-ministro criticou ainda países que impõem restrições injustificadas aos direitos, liberdades e garantias.
O primeiro-ministro condenou, esta quinta-feira, quem aproveita a atual crise sanitária com a propagação dacovid-19para abusar nas relações laborais ou especular no mercado, tendo ainda criticado países que impõem restrições injustificadas aos direitos, liberdades e garantias.
António Costa falava no parlamento momentos antes de a Assembleia da República autorizar o decreto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que prolonga o estado de emergência até ao final do dia 17 de abril.
PS, PSD, BE, CDS-PP e PAN votaram a favor da renovação do estado de emergência, enquanto o PCP, PEV, Chega e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira abstiveram-se. O deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, foi o único a votar contra.
"É verdade que nestes momentos decisivos se revela habitualmente o melhor que há em cada um. Infelizmente, também são os momentos em que se revela o pior que há em cada um", apontou o líder do executivo.
António Costa defendeu que este não é o momento para apontar aquilo que tem sido o pior na atual crise sanitária, embora tal não deva ser ignorado.
"Não podemos ignorar aqueles que utilizam esta circunstância para abusar no exercício das relações laborais e de aproveitamento económico da carência de bens essenciais. E não podemos ignorar aqueles que se comportam erradamente no mercado", afirmou.
Sem se referir a algum Estado-membro da União Europeia em concreto, o primeiro-ministro defendeu também que não se podem ignorar "aqueles que não sabem resistir responsavelmente, deixando-se contaminar pelo pânico, abusando da autoridade para imporem restrições não justificadas aos direitos, liberdades e garantias" dos cidadãos.
"Pior do que o vírus é mesmo o vírus do medo", acrescentou.
Covid-19: Costa condena abusos nas relações de trabalho e especulação no mercado
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