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Como José Veiga corrompeu Rui Rangel

Nuno Tiago Pinto , Carlos Rodrigues Lima 18 de setembro de 2020 às 20:06

O empresário pagou a campanha do magistrado à presidência do Benfica e despesas de muitos milhares de euros em troca da sua ajuda para ser absolvido num processo na Relação.

Em agosto de 2012 José Veiga tinha sido condenado a quatro anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, condicionada ao pagamento de 169 mil euros mais juros, pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais no âmbito da transferência de João Vieira Pinto para o Sporting. Por volta da mesma altura, o então juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa, Rui Rangel, preparava a sua candidatura à presidência do Benfica. José Veiga era um dos seus apoiantes, na sombra. E conhecedor das elevadas despesas do magistrado - que não tinha dinheiro para pagar a campanha - viu aí uma oportunidade. Segundo a acusação da Operação Lex, começou aí o plano de José Veiga para obter a intervenção do magistrado a seu favor nos processos judiciais que tinha pendentes - havia mais um, a correr em Sintra - "mediante a contrapartida de prestações pecuniárias."

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