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Carris não exigiu experiência a técnicos de manutenção de empresa estreante

O descarrilamento do ascensor põe em causa o plano de manutenção da Carris. Empresa que venceu o concurso era estreante no setor e apresentou proposta por metade do preço-base. Carris diz que "exigências devem ser as adequadas de forma a não implicar uma limitação indevida da concorrência."

Julho de 2022. No rescaldo do fecho de fronteiras devido à pandemia de Covid-19, e num dos meses de maior agitação turística em Lisboa, voltava a crescer a afluência no Elevador da Glória, um dos mais emblemáticos da capital. Nesse ano, segundo os Planos de Atividade e Orçamento da Carris, cerca de 990 mil pessoas andaram nos três ascensores de Lisboa, um número que dispararia para níveis pré-pandémicos no ano seguinte, quase um milhão e meio em 2023 - e mais de 20% de aumento numa década. Enquanto dezenas de milhares de pessoas voltavam ao histórico funicular, uma empresa de pequena dimensão, estreante na área, assegurava a manutenção: a MNTC - Serviços Técnicos de Engenharia, Lda., comercialmente conhecida como Main. Diariamente, semanalmente, mensalmente e semestralmente, técnicos inspecionavam os equipamentos, com diferentes graus de pormenor, seguindo os parâmetros previstos no caderno de encargos habitual.

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