NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
A situação de falta de barcos no Tejo regista-se diariamente e tem impacto na vida das pessoas, que usam este meio de transporte para se deslocaram para Lisboa.
Desde segunda-feira que a travessia entre o Seixal e Lisboa é feita com constrangimentos devido à avaria de um dos dois barcos que deviam assegurar o serviço, situação que provocou protestos dos passageiros.
Uma situação recorrente, segundo a Comissão de Utentes dos Transportes do Seixal, e que diariamente tem impacto na vida das pessoas que usam este meio de transporte para se deslocaram para Lisboa.
Para hoje, foi lançado o repto para uma acção simbólica de os utentes vestirem um colete laranja semelhante a um colete salva-vidas.
Segundo Anabela Vicente, da Comissão de Utentes dos Transportes do Seixal, o objectivo da iniciativa era alertar para a necessidade de haver um investimento na reparação e manutenção dos actuais barcos, de forma que as populações não sejam diariamente prejudicadas com supressões de carreiras por avarias sucessivas.
Os constrangimentos fluviais foram iguais aos de terça-feira, quando alguns passageiros protestaram num dos barcos do período da manhã e também junto à administração da Transtejo, no Cais do Sodré, mas hoje foram poucos os que aderiram à acção simbólica.
No cais do Seixal, o ambiente era tranquilo, apenas a presença de três pessoas com colete laranja, de jornalistas, de autarcas e de deputados evidenciava a existência de uma acção de protesto.
No local, esteve o presidente da Câmara do Seixal e as deputadas Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda (também vereadora da autarquia de Almada, um dos concelhos afectados pelos constrangimentos na travessia fluvial), e a deputada Paula Santos, do Partido Comunista Português.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, disse estar preocupado com a situação que se arrasta há pelo menos dois anos, com barcos insuficientes e com avarias sucessivas, não só pelo impacto que tem no presente, mas também por colocar em causa o passe social intermodal a baixo custo que deverá ser lançado em Abril de 2019.
"Enorme preocupação no presente, mas também no futuro, porque os municípios da Área Metropolitana de Lisboa vão, a partir de Abril, lançar um novo sistema de passe social intermodal a baixo custo para todos os operadores, para que as pessoas deixem o automóvel em casa e passem a usar transportes públicos. Mas para isso é necessário que haja transportes públicos", disse.
"Tememos que a procura crescente que prevemos para Abril fique prejudicada com o que se está a passar. Nos municípios, estamos a fazer o nosso trabalho, gostaria que o Governo também o fizesse", frisou.
Questionado sobre o concurso para Janeiro para a compra de novos barcos, anunciado pelo primeiro-ministro, o presidente da Câmara disse que esse processo vai demorar tempo e que "as pessoas não podem esperar".
"Em Janeiro, abre o concurso, em Abril, recebe propostas, adjudica em outubro, depois vai para Tribunal de Contas, em Janeiro de 2020 dá parecer, assina contrato, faz encomenda, o barco demora um ano a construir, talvez só em 2022. As pessoas não podem esperar, estamos em 2018", disse.
Nestes dois anos, sustentou, têm de ser tomadas medidas de curto e médio prazo para resolver um problema que afecta milhares de pessoas.
A deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua também se manifestou preocupada com a sucessão de falhas que afecta as populações de vários concelhos, considerando ser uma consequência "de um desinvestimento brutal ao longo de anos".
"Não esquecer que em 2012 se anunciava a privatização da Transtejo Soflusa. Esse desinvestimento teve um objectivo por parte do PSD e do CDS de privatização dos transportes públicos, mas a verdade é que este Governo já tem três anos e o investimento anunciado promete barcos para 2020. A população da margem sul não pode esperar até 2020", disse.
A deputada considera que foram feitos avisos ao longo do tempo e que agora é necessário resolver.
"Um transporte fluvial é essencial para esta margem do rio e este desinvestimento é um desinvestimento no direito das pessoas à mobilidade. Faz com que tenhamos um rio fechado e isso é uma preocupação para as pessoas e para os autarcas também", disse.
Paula Santos, deputada do Partido Comunista Português, frisou também a necessidade de ser dada resposta imediata aos problemas da frota de barcos, lembrando que o seu partido fez uma proposta, no âmbito do Orçamento do Estado, para garantir a operacionalidade dos navios e que foi rejeitada.
"O que se exige é que o Governo tem de assumir de uma vez por todas o investimento público para garantir a mobilidade das populações", disse, adiantando que são necessárias medidas eficazes para dar resposta aos problemas identificados.
Para a deputada, este é um grande prejuízo para a população deste concelho e de todos os concelhos da área metropolitana.
Autarcas, deputados e utentes alertam para sucessivas supressões dos barcos no Tejo
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?