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Ativistas climáticos tapam buracos de golfe com cimento em Oeiras

Luana Augusto com Leonor Riso 14 de julho de 2023 às 10:43
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A ação foi divulgada pelo movimento Climáximo. O objetivo é alertar para a desigualdade existente no acesso à água e para a responsabilidade mais acrescida que a classe alta deveria ter perante a crise climática.

Foi na noite desta quinta-feira, 13 de julho, que um grupo de ativistas do movimento Climáximo encheu com cimento os buracos de um campo de golfe, em Oeiras. As bandeiras, que se encontravam no campo, foram trocadas por outras em que se lia: "Seca brutal, injustiça social!".

Climáximo

O principal objetivo deste grupo de ativistas foi defender uma "responsabilidade acrescida da alta classe pela crise climática", e sublinhar a existência de uma "desigualdade no acesso à água", lê.se em comunicado. "A crise climática e a escassez de recursos vão acentuar desigualdades já existentes na nossa sociedade. É urgente cortar emissões e gerir recursos."

"O 1%, que detém a maior parte da riqueza, é 72 vezes mais responsável por emitir CO2 que a metade do mundo mais pobre. Não podemos mais tolerar os luxos dos ultra-ricos enquanto o planeta arde à sua conta, e a água comum escasseia", referiu ainda o Climáximo. 

Esta ação surgiu sete dias após se ter registado que a primeira semana de julho foi a mais quente de sempre, e surgiu também quase três meses depois de 80% do território português ter entrado em situação de seca. Ao mesmo tempo, em Espanha, vivem-se fenómenos climáticos extremos: foi possível observar a existência de cheias e de uma temperatura do solo de 60ºC. 

Esta não é a primeira vez que um grupo de ativistas decide protestar contra as alterações climáticas. Mais recentemente o grupo The Tyre Extinguishers, também decidiu demonstrar o seu descontentamento. "Na noite de 11 de julho, os Tyre Extinguishers [que pode ser traduzido como "destruidores de pneus"] voltaram a esvaziar pneus de SUV, em Lisboa, atingindo cerca de 100 viaturas, nos bairros das Avenidas Novas, Telheiras e Roma-Areeiro", lê-se numa publicação no Twitter. Segundo o "Tyre Extinguishers", este tipo de veículos contribui para o "desastre climático".

Além dos protestos dos grupos de ativistas, também as Nações Unidos têm vindo a emitir alertas para o ritmodas alterações climáticas. A ONU já destacou a possibilidade de um aumento do número de secas, incêndios, escassez alimentar e ondas de calor. 

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