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Apoio do Estado ao sistema financeiro custou 18,3 mil milhões entre 2008 e 2018

20 de dezembro de 2019 às 14:57
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Este valor corresponde a uma média de 1.663 milhões de euros por ano e tem que ver com a aquisição pelo Estado de participações em bancos, concessão de empréstimos, prestação de garantias, entre outras formas de apoio.

O Tribunal de Contas estima que o encargo para o Estado de apoiar o sistema financeiro entre 2008 e 2018 ascendeu a 18.292 milhões de euros, segundo o parecer à Conta Geral do Estado de 2018 divulgado esta sexta-feira.

As despesas, entre 2008 e 2018, foram de 25.485 milhões de euros e as receitas de 7.193 milhões de euros (as principais receitas decorrentes dos juros que bancos pagaram ao Estado pelas obrigações de capital contingente, as chamadas coco's), o que resulta no valor líquido de 18.292 milhões de euros.

Este valor, que corresponde a uma média de 1.663 milhões de euros por ano, tem que ver com a aquisição pelo Estado de participações em bancos, concessão de empréstimos, prestação de garantias, entre outras formas de apoio, relacionando-se com a intervenção pública em casos como BPN, BES/Novo Banco (incluindo o apoio aos lesados do BES) e Banif.

Banca portuguesa ganha 8,8 milhões por dia em comissões

A 40,3 mil milhões de euros em banca portuguesa cobrou um total de comissões entre 2007 e o primeiro semestre de 2019, o que corresponde a uma média de 8,8 milhões de euros por dia. Os dados do Banco de Portugal, citados pelo Jornal de Notícias, indicam que a banca ganhou, deste modo, um valor equivalente a 50% do empréstimo da troika a Portugal.

Apenas em 2018, o esforço financeiro do Estado foi de 1.538 milhões de euros, em termos líquidos, o que inclui a injeção de capital no Novo Banco pelo Fundo de Resolução (entidade da esfera do Estado) e o processo de nacionalização e reprivatização do BPN, compensados por reembolsos de 174 milhões de euros (sobretudo de recuperação da garantia dada ao BPP).

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