"Será um acordo que tem incidência parlamentar e incidência governativa", anunciou Miguel Albuquerque aos jornalistas.
O PSD/Madeira, que venceu no domingo as eleições legislativas regionais, deverá fechar esta terça-feira à tarde um "acordo de incidência parlamentar e governativa" com o CDS-PP, disse hoje o líder dos sociais-democratas no arquipélago.
"Em princípio vamos fechar o acordo hoje à tarde com o CDS", disse aos jornalistas Miguel Albuquerque, presidente do executivo madeirense desde 2015, à saída da Sé do Funchal.
O PSD obteve no domingo 23 lugares no parlamento regional, falhando por um a maioria absoluta, pelo que um acordo com o CDS-PP, com um deputado eleito nestas legislativas, permite atingir essa meta.
Segundo Miguel Albuquerque, "será um acordo escrito, como aliás é tradição dos acordos" que o PSD já fez com o CDS-PP, "no sentido de estarem consagrados nesse acordo, quer no quadro parlamentar, que no quadro governativo, os princípios" que o regem. "Será um acordo que tem incidência parlamentar e incidência governativa", acrescentou.
Questionado se isso significa que os democratas-cristãos, que são liderados na região por José Manuel Rodrigues, irão integrar o executivo, Miguel Albuquerque escusou-se a responder diretamente, referindo apenas que "em princípio é essa a orientação" que está a ser seguida, mas que só "à tarde tudo ficará fechado".
O líder do PSD/Madeira também não esclareceu se José Manuel Rodrigues, que nos últimos cinco anos desempenhou o cargo de presidente da Assembleia Legislativa e foi o único eleito pelo CDS-PP no domingo, irá tutelar uma pasta do Governo Regional ou se será criada uma vice-presidência. "Não posso confirmar neste momento, ao fim da tarde isso ficará esclarecido", indicou.
GREGÓRIO CUNHA/LUSA
O CDS-PP já governou com o PSD e tinha, na legislatura que agora termina, um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas.
Em 2019 e 2023 os sociais-democratas também precisaram de fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir a maioria.
Após as eleições de 2024, também antecipadas, o PSD (19 deputados) formou um executivo minoritário, já que o acordo firmado com o CDS-PP (dois eleitos) foi insuficiente para a maioria absoluta.
De acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, nas eleições legislativa regionais antecipadas de domingo, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.
A segunda força política mais votada foi o Juntos Pelo Povo (JPP), que alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares.
O Chega elegeu três deputados, com 7.821 votos (5,47%), o CDS-PP conquistou um mandato com 4.288 votos (3,00%) e a IL também um mandato, com 3.097 votos (2,71%).
Além destas seis forças políticas que elegeram deputados, candidataram-se ainda às eleições, as terceiras legislativas na Madeira em cerca de um ano e meio, a CDU (PCP/PEV), PAN, BE, Livre, Força Madeira (PTP/MTP/RIR), ADN, PPM e Nova Direita.
A Assembleia Legislativa da Madeira passa agora a ser composta por 23 deputados do PSD, 11 do JPP, oito do PS, três do Chega, um do CDS-PP e outro da IL.
O representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, já anunciou que vai ouvir, na sexta-feira, os seis partidos que garantiram assento na Assembleia Legislativa, menos um do que na atual composição do parlamento do arquipélago, que incluía ainda uma representação do PAN.
Na segunda-feira, o líder regional do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, revelou que se iria encontrar com o líder regional do PSD para "tentar um acordo".
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