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A canalização da internet está no mar e Portugal está no meio da ação

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 17 de junho de 2025 às 23:00

Os cabos submarinos, por onde passa 99% do tráfego mundial de dados na internet, estão na agenda global e um novo projeto português tem peso técnico e geopolítico. Em poucos anos, um quinto dos cabos internacionais no mundo passará por cá.

Quando o leitor consulta a inteligência artificial do ChatGPT ou acede a um jornal online norte-americano, a informação chega em segundos ou menos – não por satélite, como ainda pensam muitas pessoas, mas através de cabos no fundo mar. É por esta canalização da Internet que passa mais de 99% do tráfego intercontinental de dados, uma área crítica na qual Portugal tem um papel cada vez mais relevante: em poucos anos, perto de um quinto dos cabos submarinos internacionais passará pela zona económica exclusiva portuguesa; o Estado está a financiar a instalação nas suas águas de um cabo pioneiro no mundo; e o regulador português das telecomunicações, a Anacom, colidera um grupo internacional de aconselhamento sobre a segurança dos cabos. O peso da candidatura de Portugal a um lugar no Conselho de Segurança da ONU passa, em parte, por este pacote de influência.

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