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O “guarda-costas” polémico do almirante

João Amaral Santos 17 de junho de 2025 às 23:00

Gouveia e Melo continua a ter ao seu lado o homem responsável pela sua segurança quando estava na Marinha. O problema é que a lei não o permite; e até o almirante arrisca estar a cometer um crime mantendo esta opção.

Enquanto o almirante Henrique Gouveia e Melo discursava, pela primeira vez, na qualidade de candidato à Presidência da República, a seu lado, firme, mantinha-se o sargento-chefe fuzileiro Francisco Miguel Branco Marques. Como sucedera nos anos anteriores, quando ocupava o cargo de chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Gouveia e Melo pôde contar, na cerimónia realizada na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, com este militar, no papel de seu “segurança pessoal”. O problema é que a lei impede o sargento-chefe fuzileiro Francisco Miguel Branco Marques de atuar como “guarda-costas”; e, ao fazê-lo, pode estar a incumprir a lei. O próprio ‘chefe’, almirante Henrique Gouveia e Melo, arrisca penas graves, caso fique comprovado ser responsável pela atribuição da tarefa – a incompatibilidade está prevista na lei civil e militar. Em causa, está a falta de licença e alvarás para ser segurança, mas também as normas para a utilização da arma de fogo neste contexto.

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