Sábado – Pense por si

O “guarda-costas” polémico do almirante

João Amaral Santos 17 de junho de 2025 às 23:00

Gouveia e Melo continua a ter ao seu lado o homem responsável pela sua segurança quando estava na Marinha. O problema é que a lei não o permite; e até o almirante arrisca estar a cometer um crime mantendo esta opção.

Enquanto o almirante Henrique Gouveia e Melo discursava, pela primeira vez, na qualidade de candidato à Presidência da República, a seu lado, firme, mantinha-se o sargento-chefe fuzileiro Francisco Miguel Branco Marques. Como sucedera nos anos anteriores, quando ocupava o cargo de chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Gouveia e Melo pôde contar, na cerimónia realizada na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, com este militar, no papel de seu “segurança pessoal”. O problema é que a lei impede o sargento-chefe fuzileiro Francisco Miguel Branco Marques de atuar como “guarda-costas”; e, ao fazê-lo, pode estar a incumprir a lei. O próprio ‘chefe’, almirante Henrique Gouveia e Melo, arrisca penas graves, caso fique comprovado ser responsável pela atribuição da tarefa – a incompatibilidade está prevista na lei civil e militar. Em causa, está a falta de licença e alvarás para ser segurança, mas também as normas para a utilização da arma de fogo neste contexto.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.