Sábado – Pense por si

O “guarda-costas” polémico do almirante

João Amaral Santos 17 de junho de 2025 às 23:00

Gouveia e Melo continua a ter ao seu lado o homem responsável pela sua segurança quando estava na Marinha. O problema é que a lei não o permite; e até o almirante arrisca estar a cometer um crime mantendo esta opção.

Enquanto o almirante Henrique Gouveia e Melo discursava, pela primeira vez, na qualidade de candidato à Presidência da República, a seu lado, firme, mantinha-se o sargento-chefe fuzileiro Francisco Miguel Branco Marques. Como sucedera nos anos anteriores, quando ocupava o cargo de chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Gouveia e Melo pôde contar, na cerimónia realizada na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, com este militar, no papel de seu “segurança pessoal”. O problema é que a lei impede o sargento-chefe fuzileiro Francisco Miguel Branco Marques de atuar como “guarda-costas”; e, ao fazê-lo, pode estar a incumprir a lei. O próprio ‘chefe’, almirante Henrique Gouveia e Melo, arrisca penas graves, caso fique comprovado ser responsável pela atribuição da tarefa – a incompatibilidade está prevista na lei civil e militar. Em causa, está a falta de licença e alvarás para ser segurança, mas também as normas para a utilização da arma de fogo neste contexto.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.