Sábado – Pense por si

O regresso da espionagem: a guerra fria na frente norte

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 18 de setembro de 2024 às 23:00

Baleias-espiãs, barcos civis, submarinos e interferências de GPS: o perigo de espionagem e interferência russas faz subir os alarmes e remete a Europa para um clima de filme de espiões de outros tempos.

No início de setembro, Hvaldimir apareceu morta. O fim da amistosa baleia beluga, que era conhecida há vários anos por viver ao longo da costa da Noruega – e também como a “baleia-espiã” –, levou a grande especulação, com uma organização local de defesa dos animais a dizer que tinha sido morta por um tiro – o que as perícias veterinárias não comprovaram. Mas Hvaldimir, cujo nome junta a palavra norueguesa para baleia (hval) e o nome do Presidente russo (Vladimir Putin) foi notícia pelo mundo. Hvaldimir foi detetada em 2019 com um arnês no dorso a dizer “equipamento São Petersburgo”, que parecia uma base para uma câmara, e assim nasceu o mito. Ou não – porque vários especialistas lembraram na altura que a marinha russa (como outras) era conhecida por treinar baleias e golfinhos para fins militares.

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