
Sines, a cidade que fala por si
Um hotel com vista para o mar e um restaurante em frente ao porto, dedicado ao peixe grelhado: eis os essenciais em Sines e nas proximidades.
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Os cabos submarinos, por onde passa 99% do tráfego mundial de dados na internet, estão na agenda global e um novo projeto português tem peso técnico e geopolítico. Em poucos anos, um quinto dos cabos internacionais no mundo passará por cá.
Um dispositivo informático encontrado no gabinete de Vítor Escária contém dados pessoais de centenas de inspetores da Judiciária, quadros das Finanças e até agentes dos serviços de informações. A defesa do ex-chefe de gabinete garante à SÁBADO desconhecer o conteúdo, mas o MP já abriu uma nova investigação pelo crime de violação do segredo de Estado.
Processo de Costa desceu ao DCIAP. João Galamba, Nuno Lacasta e João Tiago Silveira ainda não foram ouvidos.
Afonso Salema, mentor do mega-investimento no centro da Operação Influencer, fala sobre o “martírio” do processo judicial e conta como está perto de lançar outro grande projeto de centros de dados, fora de Portugal. A Start Campus continua a crescer em Sines. A investigação, contrariada nos tribunais, vai seguindo sem notícias.
"Foi apreendida muita documentação que está a ser analisada. Vamos ver se na documentação apreendida há alguns indícios além daqueles que já tinham, os objetivos das buscas são exatamente esses", afirmou o procurador-geral da República, Amadeu Guerra.
O caso Influencer, que se tornou conhecido em novembro, levou à imediata demissão do então primeiro-ministro, António Costa, e à realização de eleições legislativas antecipadas.
Há quem passe da secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais para diretor fiscal numa grande empresa privada. E quem vá para uma agência de lóbi. Outros regressam ao lugar de origem, ou vão dar aulas. E há o caso de Vítor Escária e da mulher de Pedro Nuno Santos.
O requerimento invocada a participação da Polícia de Segurança Pública na investigação do Ministério Público, quando a lei prevê para os crimes associados ao caso a competência exclusiva da Polícia Judiciária.
Acórdão da Relação de Lisboa no âmbito da Operação Influencer censurou fortemente esta prática recorrente. Dois advogados explicam-nos o problema e o presidente do sindicato dos magistrados do MP concorda parcialmente.
"É a democracia que está em causa, o mínimo que se exige são explicações ao povo português", defendeu Pedro Nuno Santos sobre o caso que levou à demissão de Costa.
Juízes desembargadores consideraram que arguidos da Operação Influencer não ultrapassaram "o desenvolvimento das funções (...), tendo todos eles atuado no âmbito das mesmas".
O Tribunal da Relação de Lisboa anulou as medidas de coação para todos os arguidos da Operação Influencer.
"Dei instruções ao advogado para hoje mesmo apresentar um requerimento junto do senhor coordenador do Ministério Público para se esclarecer qualquer dúvida que tenham sobre a suspeita que tenham", disse António Costa à saída da tomada de posse do Governo de Luís Montenegro.
Questionada sobre quando poderá haver desenvolvimentos no processo que visa António Costa, Lucília Gago disse apenas: "Não faço ideia".
Magistrado também considera que não há indícios de que João Galamba foi o mentor de um esquema criminoso.