Sábado – Pense por si

1973: As últimas badaladas do regime

Tiago Carrasco 31 de dezembro de 2023 às 10:00

Na viragem para 1974, capitães conspiravam, maoistas proliferavam nas universidades e fações armadas planeavam sequestros. Poucos suspeitavam que o 25 de Abril estava à porta. O ambiente político e as conspirações na última passagem de ano em ditadura.

Na passagem de ano de 1973/74, a maior preocupação dos rapazes portugueses era o recrutamento para a guerra colonial. “Ninguém suspeitava que a ditadura estivesse a menos de quatro meses do seu fim”, diz o jornalista José Pedro Castanheira, autor do livro Os últimos do Estado Novo. Mas, à distância de meio século, os sinais de decadência eram evidentes. “Os capitães das Forças Armadas já tinham realizado as suas primeiras reuniões, passando da fase corporativa para a conspirativa. Portugal e o Futuro, o decisivo livro do [General António de] Spínola, já estava na tipografia, e a Igreja encontrava-se em ebulição”.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.