Sábado – Pense por si

ONU diz que Rússia está a usar armas proibidas

Zelensky demonstrou-se preocupado com a abertura de um corredor humanitário em Mariupol e com as acusações russas sobre armas químicas. Cerca de 4,5 milhões de pessoas fugiram da guerra, 2,5 milhões para fora do país.

Ao Minuto Atualizado 11 mar 2022
11 mar 2022 11 de março de 2022 às 22:53

UE diz que novas sanções vão isolar "ainda mais" a Rússia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou hoje que as novas sanções económicas que o G7 e a União Europeia vão adotar no sábado contra Moscovo pela invasão da Ucrânia vão isolar "ainda mais" a Rússia.

"A UE e os nossos parceiros do G7 continuam a trabalhar em uníssono para aumentar a pressão económica contra o Kremlin", disse von der Leyen, em comunicado, após os líderes do grupo dos países mais industrializados do mundo - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido - anunciarem novas medidas restritivas contra a Rússia.

A presidente da Comissão Europeia destacou que os pacotes anteriores de sanções "atingiram duramente a economia da Rússia" e que "o rublo tombou", enquanto "muitos dos principais bancos russos estão isolados do sistema bancário internacional".

"As empresas (estrangeiras) estão a deixar o país uma após uma, não querendo que as suas marcas sejam associadas a um regime assassino", acrescentou, avançando: "Amanhã adotaremos um quarto pacote de medidas para isolar ainda mais a Rússia e drenar os recursos que o país usa para financiar esta guerra bárbara".

Especificamente, Ursula von der Leyen sublinhou que será negado à Rússia o estatuto de "nação mais favorecida" nos seus mercados, revogando "benefícios importantes" no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

De acordo com a OMC, a cláusula de nação mais favorecida exige que os países não discriminem entre os seus parceiros comerciais, de modo que uma concessão ou privilégio especial concedido a um país significa que todos os outros parceiros comerciais devem gozar dos mesmos benefícios.

A retirada desse estatuto à Rússia, algo que o Canadá já tinha feito, levará a um aumento nas tarifas dos produtos russos.

Von der Leyen observou que os países também irão trabalhar para suspender os direitos de participação da Rússia em instituições financeiras multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, para que não possa obter mais empréstimos ou benefícios dessas instituições.

A presidente da Comissão Europeia disse que os países continuarão a "pressionar" as elites russas próximas do presidente russo, Vladimir Putin, e que os ministros das finanças, justiça e interior do G7 se reunirão na próxima semana.

Da mesma forma, os países irão procurar garantir que o Estado russo e as suas elites não possam usar criptoativos para contornar as sanções impostas e proibirão as exportações de quaisquer bens de luxo da UE para a Rússia.

Outra medida será vetar a importação de bens-chave do setor siderúrgico da Rússia e, por fim, Von der Leyen afirmou que vão propor a proibição de novos investimentos europeus em todo o setor energético russo, da exploração à produção.

"Esta crise não tem precedentes. Nem a unidade e a velocidade de reação que as nossas democracias mostraram até agora", disse a presidente da Comissão, que concluiu declarado que "a Ucrânia prevalecerá".

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, disse que com as próximas sanções a UE vai continuar a "perseguir os oligarcas, as elites filiadas ao regime, as suas famílias e empresários de destaque, que estão envolvidos nos setores económicos".

São pessoas ou entidades que atuam "na indústria siderúrgica, fornecem produtos e tecnologia militar ou prestam serviços financeiros e de investimento", disse Borrell.

Por sua vez, o presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu, Bernd Lange, avançou em comunicado que o G7 anunciou sua intenção de revogar o estatuto de nação mais favorecida da Rússia.

"Como a situação na Ucrânia, que está sob ataque da Rússia, está a piorar a cada dia, não podemos continuar os negócios como de costume quando se trata de comércio com o regime de Vladimir Putin", disse Lange.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 21:05

Ofensiva russa aumentaram pressão em Kiev e no leste

As forças russas aumentaram esta sexta-feira a pressão em torno de Kiev e no leste da Ucrânia, estendendo a sua ofensiva à cidade de Dnipro, no sul.

A capital ucraniana, juntamente com Mariupol, Kryvy Rig, Kremenchug, Nikopol e Zaporizhzhia, são as principais localidades onde os esforços russos continuam a concentrar-se, segundo dados revelados pelas Forças Armadas ucranianas em comunicado.

"Incapaz de alcançar o sucesso, o inimigo continua os seus ataques com mísseis e bombas nas cidades no interior do território da Ucrânia, Dnipro, Lutsk e Ivano-Frankivsk", pode ler-se.

Até agora poupada pelas forças russas, Dnipro, quarta maior cidade ucraniana, fortemente industrializada e com um milhão de habitantes, está a ser alvo de ataques que já causaram pelo menos um morto, segundo dados da autarquia.

"Ocorreram três ataques aéreos à cidade, a um jardim de infância, um conjunto de apartamentos e uma fábrica de calçado (…) onde ocorreu um incêndio", revelou o serviço de emergência ucraniano sobre os ataques à metrópole às margens do rio Dnieper, que marca a separação entre o leste da Ucrânia, parcialmente pró-russo, e o resto do seu território.

Esta sexta-feira, Dnipro juntou-se às imagens desoladoras que se têm registado em Kharkiv (nordeste) e Mariupol (sudeste), esta última já com 1.582 mortos entre civis na sequência do cerco russo.

Os dados oficiais conhecidos esta sexta-feira apontam também para a morte de quatro soldados ucranianos e seis feridos, na sequência do bombardeamento do aeroporto militar de Lutsk, no noroeste da Ucrânia. Infraestrutura semelhante em Ivano-Frankivsk, no extremo oeste, também foi alvo de ataque.

O Ministério da Defesa russo apontou que estas bases foram "desativadas", num total de 3.200 pontos de infraestruturas militares, 98 aviões, 1.041 tanques e outros veículos blindados ucranianos já destruídos desde o início do conflito.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 17:50

ONU condena veementemente ataques russos contra civis

As Nações Unidas condenam "sem reservas" os ataques da Rússia a alvos civis na Ucrânia, disse hoje uma das principais figuras da organização ao Conselho de Segurança, durante uma reunião sobre armas biológicas pedida por Moscovo.

"A guerra está a entrar na sua terceira semana e as forças armadas russas continuam a sua ofensiva", apontou Rosemary DiCarlo, secretária-geral adjunta da ONU para os Assunto Políticos, recordando os cercos a várias cidades e os ataques dos últimos dias, nomeadamente em Mariupol.

A responsável avisou que ter como "alvo civis, hospitais e escolas é indesculpável" e que "os perpetradores vão ser responsabilizados".

Moscovo refutou o tema da guerra, qualificando a invasão como "uma operação militar especial".

Na reunião, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, reiterou acusações contra os Estados Unidos e a sua alegada cooperação com a Ucrânia em "30 laboratórios biológicos" que lidam com a "peste, antrax ou cólera", uma acusação que Washington negou.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 16:13

ONU diz que tem informação de que Rússia está a usar armas proibidas

O Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos recebeu "informação credível" de que a Rússia utilizou várias vezes nas mais de duas semanas desde que invadiu a Ucrânia um tipo de armamento proibido pelo seu impacto indiscriminado sobre civis.

O uso dessas bombas ocorreu "mesmo em zonas povoadas", disse hoje a porta-voz daquele organismo, Liz Throssell, precisando que, em 24 de fevereiro, uma bomba de fragmentação explodiu no hospital principal de Vuhledar, situado na parte da região separatista de Donetsk sob controlo governamental, matando quatro civis e ferindo outros dez.

"Houve outros ataques com bombas de fragmentação em vários distritos de Kharkiv, nos quais morreram nove civis e 37 ficaram feridos", prosseguiu a porta-voz.

"Devido aos seus efeitos numa área ampla, o uso de bombas de fragmentação em zonas povoadas é incompatível com o direito internacional humanitário", frisou.

Está em vigor desde 2010 um tratado internacional que proíbe o uso, desenvolvimento, fabrico, aquisição e armazenamento de bombas de fragmentação. Atualmente, 110 Estados aderiram plenamente a este instrumento jurídico e outros 13 assinaram-no, mas ainda não o ratificaram.

A Rússia, tal como os Estados Unidos e a China, não está entre os países signatários deste tratado, do qual a Ucrânia também não é parte.

A comunidade internacional considerou necessário negociar um tratado específico para proibir totalmente este tipo de armamento, por causa do terrível impacto que tem sobre a população civil em situações de conflito.

Sejam lançadas a partir do solo ou do ar, as bombas de fragmentação são formadas por compartimentos que se abrem e dispersam centenas ou, por vezes, milhares de submunições por uma vasta área. Muitas delas ficam por detonar, tornando-se explosivos que podem ferir ou matar pessoas mesmo décadas depois, bem como impedir o cultivo de terrenos aráveis.

Segundo o Observatório sobre o Uso de Bombas de Fragmentação e Minas Antipessoais, as primeiras foram utilizadas entre julho de 2014 e fevereiro de 2015, durante o anterior conflito na Ucrânia, quando grupos separatistas pró-russos pegaram em armas contra o Governo de Kiev e tomaram o controlo de parte de duas regiões do leste do país, Donetsk e Lugansk, fronteiriças com a Rússia.

"Escolas, hospitais e creches foram atingidos, com consequências devastadoras", lamentou Throssell.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 16:10

"Putin é um agressor e tem de pagar o preço", acusa Biden

O presidente do Estados Unidos, Joe Biden, anunciou mais sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia, afirmando que Vladimir Putin "é um agressor e tem de pagar o preço".

Segundo o presidente norte-americano, as sanções em curso estão já "a esmagar a economia" russa e afirma que a Federação Russa está à beira de uma "recessão profunda".

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 15:28
autor Ana Bela Ferreira

Ucrânia acusa Rússia de um ataque de falsa bandeira na Bielorrússia

Um conselheiro do presidente ucraniano acusou a Rússia de lançar um ataque de falsa bandeira à Bielorrússia enquanto os presidentes Alexander Lukashenko e Vladimir Putin se encontraram em Moscovo.

A Rússia ainda não comentou estas alegações da Ucrânia. Segundo, o conselheiro Oleksiy Arestovych várias populações fronteiriças da Bielorrússia foram bombardeadas esta manhã por aviões russos de forma a criar a ideia de que tinha sido um ataque da Ucrânia, dando assim motivos à Bielorrússia para se juntar à guerra da Rússia em território ucraniano.

Ainda assim, Oleksiy Arestovych admitiu acreditar que o exército bielorrusso "tudo fará para evitar esse cenário" de guerra.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 14:17
Lusa

Portugal concedeu mais de 5.700 pedidos de proteção temporária

Portugal concedeu até hoje mais de 5.700 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, revelou à Lusa o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo a última atualização, o SEF aceitou desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, até às 13:00 de hoje 5.775 pedidos de proteção temporária.

O Governo português concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.

Aos requerentes de proteção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses.

Estes pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 13:37

Rússia avança para a proibição do Instagram

Na queixa em que a Rússia pede que a Meta, dona do Facebook e Instagram, seja considerada uma "organização extremista" está também um pedido de proibição do Instagram no país.

Antes de ser confirmada a notícia de que a Meta suavizou os critérios de discurso de ódio nas suas plataformas para quem incitasse à violência contra soldados russos e ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, o Kremlin tinha apontado a "medidas mais decisivas para o fim das atividades da empresa".

BREAKING - Russia just started process of banning Instagram.

It’s huge because this is really a much loved platform in Russia and also the source of income for lots of small businesses across the country. And for young Moscow elites it’s.. everything pic.twitter.com/12S3JupG4g

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 13:28

Putin fala em mudanças "positivas" nas negociações com a Ucrânia

Depois da reunião com o Conselho de Segurança russo, Putin teve ao início desta tarde um encontro em Moscovo com o presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, em que voltou a dizer que a "operação militar" na Ucrânia continua a correr como o planeado e que a situação está a evoluir de "maneira positiva".

"Em geral, a situação está a desenrolar-se de maneira positiva. Claro, existe o problema das sanções, das restrições, e por aí. Mas como tu e eu dissemos antes, as tentativas para limitar e conter o nosso desenvolvimento sempre aconteceram - agora numa escala maior, claro. Estou certo que ultrapassaremos estas dificuldades e conseguiremos mais oportunidades para nos sentir-mos independentes, autossuficientes e beneficiar desta situação, como em anos passados",disse Putin a Lukashenko, referindo que negociações com a Ucrânia aconteciam praticamente todos os dias.

"Há claramente mudanças positivas, dizem-me os negociadores. Depois digo-te tudo em melhor detalhe", disse ao presidente bielorrusso.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 13:12

Rússia proíbe Facebook e Instagram se redes sociais permitirem apelos à morte de Putin

A Meta, dona do Facebook e Instagram, confirmou que suavizou as regras de revisão do discurso de ódio, o que permite que utilizadores incitem à violência contra soldados russos no contexto da invasão da Ucrânia. Porta-voz do Kremlin diz que Moscovo caminhará para a proibição das redes sociais.

Leia mais aqui.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 13:01

Chelsea perde patrocínio por causa das sanções a Abramovich

O Chelsea perdeu um dos seus principais patrocinadores na sequência das sanções aplicadas pelo governo do Reino Unido ao presidente da equipa de futebol, Roman Abramovich. A Three, uma empresa de telecomunicações, disse esta sexta-feira que já não está interessada na relação com o clube de topo da liga inglesa.

A perda é significativa: representa um corte de 26% nas receitas anuais de patrocínios, revela a Bloomberg.

Saiba mais aqui.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 12:12
Lusa

Bruxelas propõe aos líderes mais 500 milhões de euros em armas para exército ucraniano

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa revelou hoje que propôs aos chefes de Estado e de Governo, reunidos em Versalhes, França, duplicar o financiamento de armamento para a Ucrânia, com 500 milhões de euros suplementares.

À chegada ao Palácio de Versalhes para o segundo dia de trabalhos da cimeira informal que reúne os líderes dos 27, Josep Borrell anunciou que propôs "mais 500 milhões de euros de contribuição para o apoio militar à Ucrânia", através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, elevando assim para 1.000 milhões de euros o financiamento pela União Europeia (UE) de aquisição e fornecimento de armas para apoiar as Forças Armadas ucranianas a combater a invasão russa.

"Fiz a proposta de duplicar a nossa contribuição e estou certo de que os líderes vão aprovar este dinheiro", declarou Borrell, acrescentando que "todos estão conscientes de que é necessário aumentar o apoio militar à Ucrânia e colocar mais pressão sobre a Rússia".

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 11:39

Quase um milhão de ucranianos não tem eletricidade

A Energoatom, empresa estatal ucraniana que opera todas as quatro centrais nucleares na Ucrânia, anunciou que 954 mil ucranianos estão neste momento sem eletricidade após os bombardeamentos provocados pela invasão da Rússia ao país.

Existem ainda 228 mil clientes sem gás, anunciou a Energoatom em comunicado.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 11:19

NATO diz que corredores humanitários "é o mínimo" que pode ser feito na Ucrânia

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, avançou esta sexta-feira que a abertura de corredores humanitários para a retirada de civis ucranianos das cidades ucranianas "é o mínimo" que pode ser feito, salientando o quão importante é que diplomatas russos e ucranianos se tenham encontrado.

"Continuo a acreditar que é importante uma solução política e diplomática. O mínimo é o estabelecimento de corredores humanitários par aque pessoas possam ser retiradas e a ajuda humanitária possa entrar", disse àReuters, à margem de uma cimeira na Turquia.

O responsável da NATO diz ainda que uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia apenas escalaria o conflito: "o mais provável é que escalasse o confronto para uma total guerra entre NATO e Rússia".

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 11:13

Ucrânia acusa Rússia de ataque a hospital psiquiátrico em Izyum

O governador de Kharkiv acusou as forças russas de atacarem um hospital psiquiátrico em Izyum naquilo a que chamou de um "brutal ataque a civis". Segundo Oleh Synegubov, estariam no local 330 pessoas no momento do ataque, com 73 a terem sido evacuadas.

"Este é um crime de guerra contra civis e contra a nação ucraniana", escreveu em publicação no Telegram, citado pelaReuters.

O Serviço de Emergência ucraniano já veio dizer que o ataque não fez vítimas mortais.
11 mar 2022 11 de março de 2022 às 11:09

Voo com mais 131 refugiados ucranianos chegou a Lisboa

Um voo da TAP com 131 refugiados ucranianos chegou esta manhã ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, avançou a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira, citada pela Renascença.

"As circunstâncias da guerra levam a esta alteração e portanto recebemos 131 pessoas. Estamos muito contentes. A maior parte são crianças pequenas e mães. Uma parte significativa irá para casa de familiares e amigos, outras irão ser recebidas pela Câmara de Portimão e outras seguirão através da plataforma We Help Ukraine", disse.

A secretário de Estado diz ainda que estão previstos novos voos humanitários para os próximos dias, além da chegada de autocarros em diferentes pontos do país, através de câmaras municipais, organizações e associações não governamentais.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 10:56

Cerca de 4,5 milhões de pessoas fugiram da guerra, 2,5 milhões para fora do país

A ONU avança esta sexta-feira que, desde o início da invasão russa a 24 de fevereiro, cerca de 4,5 milhões de pessoas fugiram das suas casas na Ucrânia, das quais 2,5 milhões procuraram refúgio fora do país, tornando este no êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com a ONU, destes 2,5 milhões de refugiados da Ucrânia que fugiram para países vizinhos, 116 mil são cidadãos estrangeiros.

The number of refugees from Ukraine — tragically — has reached today 2.5 million.

We also estimate that about two million people are displaced inside Ukraine.

Millions forced to leave their homes by this senseless war.

Além dos que deixaram o país, a ONU "estima que haja já cerca de dois milhões de pessoas deslocadas internamente na Ucrânia", acrescentou Filippo Grandi no Twitter, lamentando que "milhões [de pessoas] tenham sido forçadas a deixar as suas casas por causa de uma guerra sem sentido".

Também o porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Paul Dillon, avançou que o número de refugiados já atinge os 2,5 milhões, explicando que o valor tem como base informações dadas pelos Governos nacionais e foi atualizado hoje de manhã. Segundo a mesma fonte, a maior parte dos refugiados (1,5 milhões) fugiu para a vizinha Polónia.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 10:15

Ucrânia quer criar 12 corredores humanitários esta sexta-feira

O governo ucraniano anuncia agora os planos para a abertura de 12 corredores humanitários a partir de 12 cidades diferentes, todos com destino final em território ucraniano, pela vice-primeira ministra, Iryna Vereshchuk:

- Mariupol para Zaporíjia (corredor que tem falhado desde o fim de semana);

- Enerhodar para Zaporíjia (corredor que esteve a funcionar no último dia);

- Polohy para Zaporíjia;

- Izyum para Lozova;

- Bucha para Kiev;

- Hostomel para Kiev;

- Kozarovychi para Kiev;

- Mikulychi para Kiev;

- Volnovaja para Pokrovsk (Volnovaja foi, dizem russos, tomada por separatistas)

- Andriivka para Zhytomyr;

- Makariv para Zhytomyr;

- Borokyanka para Zhytomyr;

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 10:05
Lusa

Ucrânia vai tentar retirar civis de Mariupol em colaboração com a Cruz Vermelha

As autoridades ucranianas anunciaram hoje os seus planos para várias operações de retirada de civis e de envio de ajuda humanitária em vários pontos do país, em colaboração com a Cruz Vermelha.

A prioridade mantém-se na cidade portuária de Mariupol sitiada pelas forças russas e onde a população está exposta à violência do ataque armado, à fome e ao frio.

A vice-primeira ucraniana Iryna Vereshchuk disse através de uma mensagem gravada em vídeo que as autoridades da Ucrânia estão novamente a tentar enviar ajuda para Mariupol e retirar civis para a cidade de Zaporizhzia.

A operação foi tentada várias vezes sem sucesso devido aos ataques da artilharia russa que atingiu os corredores humanitários que tinham sido previamente estabelecidos.

Vereshchuk disse ainda que vários autocarros devem ser enviados para diferentes pontos da periferia de Kiev para o transporte de civis para o centro da cidade, assim como para enviar ajuda humanitária para as populações que se encontram em locais de onde estão impedidas de sair.

As operações humanitárias vão ser igualmente tentadas nas cidades de Kherson (sul), Chernihiv (norte) e Kharkiv (leste), assediadas pelas forças russas desde o dia 24 de fevereiro.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 09:52

Putin convida voluntários do Médio Oriente a combaterem na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta sexta-feira que quer que voluntários a lutarem contra as forças ucranianas, dando luz verde a 16 mil voluntários no Médio Oriente preparados para combater ao lado de forças russas na região de Donbass e no resto da Ucrânia. Os números foram avançados em reunião do Conselho de Segurança pelo Ministério da Defesa russo.

Leia mais aqui.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 09:32
Lusa

Rússia diz que separatistas de Donetsk tomaram cidade ucraniana de Volnovaja

O Governo russo disse hoje que forças da autoproclamada República Popular de Donetsk assumiram o controlo da cidade ucraniana de Volnovaja.

"Um grupo de tropas da República Popular de Donetsk libertou a cidade de Volnova", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov. "Olginka, Veliko-Anadoy e Zeleny Gay também estão sob controlo", acrescentou.

Konashenkov adiantou que as milícias da República Popular de Donetsk continuam a apertar o cerco a Mariupol.

O porta-voz da milícia de Donetsk, Eduard Basurin, salientou que "a tomada de Volnovaja" foi um importante avanço. "É uma pequena vitória que conduzirá a uma grande: a captura de Mariupol", afirmou.

"O espírito do exército ucraniano será quebrado. Estavam convencidos de que ninguém viria para os ajudar. As pessoas ainda estão nas caves, é necessário fazer uma passagem final, limpar a cidade e depois regressar à vida normal", sublinhou Basurin, citado pela agência de notícias russa TASS.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 08:46
Lusa

Ataques aéreos em Lutsk e Dnipro atingem habitações e causam um morto

Ataques aéreos das forças russas atingiram hoje as cidades ucranianas de Lutsk e Dnipro, incluindo zonas residenciais, tendo sido registado pelo menos um morto, disseram as autoridades.

Três ataques aéreos atingiram áreas residenciais em Dnipro, matando uma pessoa, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia.

Várias explosões foram ouvidas esta manhã na cidade de Lutsk, no noroeste da Ucrânia, muito perto da fronteira com a Polónia, indicou o presidente da câmara, Igor Polischuk, que apelou aos residentes para se dirigirem para os abrigos.

"Explosões perto do aeródromo, todos para o abrigo", disse o presidente da câmara na rede social Facebook, pedindo aos residentes que não publicassem fotos, moradas ou coordenadas.

Este é o primeiro ataque russo a esta cidade na região de Volonia, perto da fronteira com a Polónia, e também perto de Lviv.

De acordo com a emissora ucraniana ICTV, o alvo do ataque pode ter sido o aeroporto e uma fábrica próxima.

A ICTV também noticiou que em Dnipro as bombas caíram perto de um jardim de infância, de um prédio e de uma fábrica de calçado.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 08:40

Zelensky nega uso de armas químicas e diz-se "preocupado" com a Rússia.

Zelensky diz estar "preocupado" com a possibilidade de Moscovo vir a usar armas químicas ou biológicas contra a Ucrânia, depois do país ter insistido que Kiev está a desenvolver este mesmo tipo de armas com a ajuda dos países do Ocidente.

"Sou o presidente de um país digno, uma nação digna. E pai de duas crianças. E nenhuma arma de destruição maciça foi desenvolvida na minha terra. Todo o mundo o sabe. Vocês sabem-no. E se a Rússia fizer algo contra nós, terão as mais severas das sanções."

Presidente ucraniano volta a pedir uma saída da cidade de Mariupol, Rússia só admite rotas para refugiados ucranianos que tenham como destino final território russo.

Leia mais aqui.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 07:58
Lusa

Mais de 80 mil pessoas retiradas de Sumy e arredores de Kiev

Mais de 80.000 pessoas foram retiradas da cidade ucraniana de Sumy (nordeste), perto da fronteira com a Rússia, e de áreas próximas de Kiev, anunciou na quinta-feira o Governo da Ucrânia.

"Retirámos mais de 60.000 pessoas em dois dias […] de Trostianets, Sumy e Krasnopillia, em direção de Poltava", 150 quilómetros a sul, declarou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, num vídeo publicado no Telegram.

Iryna Vereshchuk indicou também que, "dos arredores de Kiev, foram retiradas 20.000 pessoas".

Segundo a governante, as áreas evacuadas foram "Borodianka, Busha, Irpin e Gostomel", especificando que "três mil habitantes [também] foram retirados com dificuldades" da cidade de Izium, no leste do país.

11 mar 2022 11 de março de 2022 às 07:36

União Europeia dá luz verde à adesão da Ucrânia

Bom dia.

Os líderes da União Europeia aceitaram apoiar a Ucrânia no processo de adesão e "reconhecer as aspirações europeias" de Kiev após uma reunião em Versalhes, na França. Em comunicado, o Conselho Europeu pediu o fim imediato da invasão russa a território ucraniano.

EU leaders are:
?determined to increase even further the pressure on Russia and Belarus
?ready to move quickly with further sanctions
?committed to support the reconstruction of a democratic Ukraine once the Russian onslaught has ceased

More #WeStandWithUkraine #EUCO

Em reação, o presidente lituano, Gitanas Nauseda, anunciou a decisão após cinco horas de conversações, referindo que "o processo já começou". "Noite histórica em Versalhes. Depois de cinco horas de discussão acesa, os líderes da União Europeia aceitaram a integração da Ucrânia na UE", escreveu.

A historic night at Versailles. After five hours of heated discussions EU leaders said yes to Ukrainian eurointegration. The process started. Now it is up to us and Ukrainians to accomplish it fast. Heroic Ukrainian nation deserves to know that they are welcome in EU.

Cyber Crónicas

É urgente reconhecer a polícia

O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.