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Ucrânia: Quase 150 mil famílias sem eletricidade após ataque russo

Lusa 11 de fevereiro de 2023 às 11:09
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A Rússia lançou na madrugada de dia 10 o maior ataque com mísseis contra a Ucrânia desde que a invasão do país começou, há quase um ano, segundo o Exército ucraniano.

O governador militar de Kharkiv, Oleh Synehubov, confirmou que um novo ataque russo contra infraestruturas energéticas no nordeste da Ucrânia feriu oito pessoas e deixou quase 150 mil habitações sem abastecimento de eletricidade.

REUTERS/Clodagh Kilcoyne/File Photo

Synehubov disse na plataforma Telegram, na sexta-feira, que os oito feridos, que estavam a reparar danos causados por um ataque anterior, tiveram de ser hospitalizados, dois dos quais em estado grave.

A Rússia lançou na madrugada de sexta-feira o maior ataque com mísseis contra a Ucrânia desde que a invasão do país começou, há quase um ano, segundo o Exército ucraniano.

De acordo com fontes militares ucranianas, o ataque russo atingiu várias infraestruturas essenciais ligadas ao setor energético em vários pontos do país.

As autoridades ucranianas indicaram que o ataque tinha atingido, em particular, as regiões de Kharkiv (nordeste) e de Zaporijia (sul), onde está localizada a maior central nuclear da Europa, agora nas mãos dos russos.

Também em Kiev foram sentidas várias explosões, de acordo com os jornalistas da agência France-Presse (AFP) na capital ucraniana.

O comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, denunciou que mísseis russos Kalibr cruzaram e violaram o espaço aéreo da Moldova e da Roménia, país membro da NATO.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou que o ataque foi um "desafio para a NATO".

Numa mensagem de vídeo gravada no seu regresso à Ucrânia após a passagem por vários países europeus, Zelensky garantiu que a Rússia lançou pelo menos 70 mísseis contra solo ucraniano, que provocaram inúmeras baixas civis.

"Pelo menos 60 mísseis foram abatidos. Todos os seus alvos eram civis e infraestruturas civis", lamentou Zelensky, que referiu que vários dos mísseis russos passaram pelo espaço aéreo da Moldova e da Roménia.

"Esses mísseis são um desafio para a NATO e para a segurança coletiva. (…) O mundo deve travar isto", disse o Presidente ucraniano, agradecendo à Força Aérea pelo trabalho em defesa das populações.

A Moldova convocou na sexta-feira o embaixador de Moscovo em Chisinau, Oleg Vasnetsov, devido à "inaceitável violação" do espaço moldavo, refere um comunicado publicado no portal da diplomacia de Chisinau.

Na mesma nota, acrescenta-se que a "Rússia continua a guerra agressiva contra a Ucrânia" e que "os ataques com mísseis contra o país vizinho [Ucrânia] afetam de forma direta e negativa a vida dos cidadãos moldavos".

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