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Trump vai reunir-se com Xi na próxima quinta-feira na Coreia do Sul

Lusa 23 de outubro de 2025 às 20:01
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Trump tinha deixado em dúvida a realização de tal encontro, num contexto de tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, vai reunir-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, a 30 de outubro na Coreia do Sul, à margem de uma cimeira dos países da Ásia e Pacífico (APEC), anunciou hoje a Casa Branca.

Trump reúne-se com Xi Jinping na Coreia do Sul, apesar de tensões comerciais EUA-China
Trump reúne-se com Xi Jinping na Coreia do Sul, apesar de tensões comerciais EUA-China Reuters

Trump tinha deixado em dúvida a realização de tal encontro, nos bastidores da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), num contexto de tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, mas afinal acontecerá, e será o primeiro a nível bilateral desde 2019.

Na quarta-feira, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou, antes de se deslocar à Malásia para um encontro com o homólogo chinês antes da cimeira entre Trump e Xi, que Washington poderá impor restrições às exportações chinesas, devido à política das chamadas terras raras de Pequim, mas que, se o fizer, será em coordenação com os membros do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo e União Europeia).

"Os chineses impuseram estes obstáculos à exportação de terras raras não apenas aos Estados Unidos, mas a todo o mundo, e se se aplicarem sanções às exportações, seja de 'software', motores ou outras coisas, é provável que seja em coordenação com os nossos aliados do G7", declarou Bessent.

Na segunda-feira, Donald Trump tinha anunciado que se deslocará à China "no início do próximo ano", para se encontrar com Xi Jinping.

"Fui convidado para ir à China e provavelmente irei no início do próximo ano. Está praticamente tudo organizado", disse Trump à comunicação social, na Casa Branca.

Este encontro mais próximo, na Coreia do Sul é que estava em risco devido às tensões entre os dois países devido aos controlos anunciados por Pequim sobre a exportação de terras raras, bem como de máquinas e tecnologias que permitem o seu refinamento e transformação.

Em resposta, Trump ameaçou aumentar as tarifas a Pequim depois do que classificou como uma decisão "extremamente agressiva" por parte da China.