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Trump faz ultimato a Zelensky: quer uma resposta sobre o acordo de paz dentro de "dias"

Luana Augusto
Luana Augusto 09 de dezembro de 2025 às 22:07
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Enviados especiais norte-americanos pediram uma resposta "até ao Natal", avança o Financial Times.

Os enviados especiais norte-americanos, Steve Witkoff e Jared Kushner, deram "dias" para a Ucrânia responder ao acordo de paz proposto por Donald Trump, que visa a cedência de território por parte de Kiev em troca de garantias de segurança.

Zelensky tem dias para responder a acordo de paz proposto pelos EUA
Zelensky tem dias para responder a acordo de paz proposto pelos EUA Foto de Toby Melville/Pool via AP

Segundo o jornal que cita uma fonte a par deste assunto, os EUA terão dado "até ao Natal" para Zelensky dar uma resposta, no entanto, de acordo com a mesma fonte, o presidente ucraniano terá pedido mais tempo à delegação norte-americana para consultar os aliados europeus. "Para ser honesto, os americanos querem que me comprometa ainda hoje", disse na segunda-feira o chefe de Estado ucraniano durante uma conferência de imprensa.

O presidente ucraniano prometeu, contudo, uma resposta para "breve" e em declarações aos jornalistas, revelou que irá apresentar um novo plano de paz, afastando novamente a hipótese de cedências territoriais.

"Estamos a trabalhar ativamente em todos os elementos de possíveis medidas para o fim da guerra. As propostas ucranianas e europeias estão agora mais avançadas e estamos preparados para apresentá-las aos nossos parceiros nos Estados Unidos", indicou o presidente.

Zelensky disse ainda que espera poder entregar esta nova proposta amanhã, quarta-feira, e esta terça-feira afirmou que está a trabalhar "muito ativamente" numa proposta de acordo que vise colocar fim à guerra.

“Estamos a trabalhar hoje e continuaremos amanhã. Acho que vamos entregá-la amanhã”, disse em declarações aos jornalistas.

A notícia surge depois de o presidente ucraniano se ter encontrado na segunda-feira, em Londres e Bruxelas, com vários parceiros europeus e da NATO, e depois de Donald Trump ter pressionado o homólogo ucraniano a aceitar o acordo de paz.

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