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Trump garante corrida à Casa Branca, mesmo que seja condenado

Numa entrevista dada a Tucker Carlson para a Fox News, o ex-presidente foi questionado sobre a possibilidade dos seus problemas legais o fazerem desistir da candidatura à Casa Branca em 2024 e respondeu: "Não, eu nunca desistiria, não é uma coisa minha".

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump afirma que não pretende desistir da sua candidatura à presidência, em 2024, mesmo que venha a ser condenado em tribunal. Numa entrevista dada a Tucker Carlson para a Fox News, o ex-governante foi questionado sobre a possibilidade dos seus problemas legais o fazerem desistir da candidatura à Casa Branca e respondeu: "Eu nunca desistiria, não é uma coisa minha".

REUTERS/Marco Bello

A Constituição norte-americana não impede alguém que tenha sido acusado ou condenado por algum crime de se candidatar para ocupar o cargo.

Apesar de admitir que se vai concorrer ao cargo, considera que o atual presidente Joe Biden não o deve fazer: "Penso que ele não pode. Não se trata apenas da idade mas há algo de errado com ele".

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Na mesma entrevista Donald Trump conta que os funcionários do tribunal de Manhattan, onde foram lidas as acusações no primeiro dos seus casos judiciais a chegar a julgamento, "estavam a chorar" e que o tentavam animar afirmando: "2024, senhor, 2024".

Os procuradores responsáveis pelo caso detalharam, em tribunal na semana passada, o funcionamento de um suposto esquema de pagamentos de "dinheiro secreto" para evitar a publicação de informações vistas como prejudiciais às eleições presidenciais de 2016. O esquema terá envolvido três pagamentos feitos por pessoas próximas de Trump: 30 mil dólares a um ex-porteiro da Trump Tower que afirmava que o ex-presidente teve um filho fora do casamento; 150 mil dólares a uma ex-modelo da Playboy que garantia ter tido um caso com o então candidato à Casa Branca e 130 mil dólares à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, com quem também terá tido um caso.

Na semana passada, Donald Trump declarou-se inocente das 34 acusações criminais de que foi indiciado, incluindo questões relacionadas com falsificações de registos comerciais. O ex-presidente negou os dois casos extraconjugais e a empresa que fez o pagamento ao ex-porteiro garantiu que as alegações são falsas. Na entrevista transmitida na noite de terça-feira, Trump manteve a sua versão declarando: "Não fiz nada de errado".

O ex-presidente afirmou ainda que o curso de Economia que tirou na Universidade de Wharton na Pensilvânia não o preparou para a sua ida ao tribunal, referindo: "Não tivemos nenhuma aula sobre acusações".

O julgamento só deverá começar em 2024.

Donald Trump abordou ainda o tema da invasão à Ucrânia e partilhou a sua crença de que se estivesse na Casa Branca a invasão não teria ocorrido, partilhando que chegou a falar com o presidente Vladimir Putin sobre o assunto. Durante essa conversa foi possível entender "que ele ama a Ucrânia e a considera parte da Rússia".

O ex-presidente deixou críticas à atual posição norte-americana em relação à guerra, especialmente ao apoio militar enviado a Kiev.

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