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Trump e Putin deverão reunir-se esta semana para discutir a guerra

Lusa 16 de março de 2025 às 16:32
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Na sexta-feira, o Kremlin disse que Vladimir Putin tinha entregado uma mensagem a Donald Trump sobre a proposta do enviado norte-americano para um cessar-fogo na Ucrânia.

O enviado norte-americano à Rússia disse este domingo que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá reunir-se "esta semana" com Vladimir Putin para discutir a situação da Ucrânia, noticia a agência AFP.

"Ainda há muito para discutir, mas penso que os dois presidentes vão ter uma discussão muito boa e positiva esta semana", afirmou Steve Witkoff, em declarações à CNN, acrescentando que Moscovo, Kiev e Washington "querem que tudo isto acabe".

Na sexta-feira, o Kremlin disse que Vladimir Putin tinha entregado uma mensagem a Donald Trump sobre a proposta do enviado norte-americano para um cessar-fogo na Ucrânia.

"Quando o senhor Witkoff fornecer todas as informações ao Presidente Trump, determinaremos o momento para uma conversa" entre os dois presidentes, afirmou na ocasião o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

A Ucrânia concordou com uma trégua incondicional de 30 dias se a Rússia parasse com os ataques no leste do país.

Contudo, Vladimir Putin não concordou com qualquer trégua e decidiu estabelecer condições maximalistas, como a Ucrânia ceder cinco regiões anexadas pela Rússia, abandonar as ambições de Kiev de se juntar à NATO e desmantelar o governo ucraniano em vigor.

Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, descreveu a conversa telefónica que teve com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, como "promissora".

"É difícil negociar um fim duradouro para uma guerra enquanto os beligerantes disparam uns sobre os outros e é, por isso, que o presidente [Trump] quer um cessar-fogo", continuou o secretário de Estado norte-americano.

Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump, chegou a Moscovo na quinta-feira para apresentar aos russos o plano dos Estados Unidos para uma trégua de 30 dias no conflito na Ucrânia, ao fim de mais de três anos de guerra causada pela invasão russa.

REUTERS/Kevin Lamarque
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