"O posicionamento da Federação Russa [sobre um cessar-fogo na Ucrânia] não é decidido no estrangeiro através de acordos ou esforços de algumas partes", comunicou o governo russo.
A Rússia diz que qualqueracordo de cessar-fogo com a Ucrâniaserá feito com base nas exigências de Moscovo e não dos Estados Unidos da América, depois de Zelensky ter anunciado que tinha concordado com um cessar-fogo imediato.
"O posicionamento da Federação Russa [sobre um cessar-fogo na Ucrânia] não é decidido no estrangeiro através de acordos ou esforços de algumas partes. O posicionamento da Federação Russa é decidido na Federação Russa", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, em comunicado citado pelas agências noticiosas internacionais.
A garantia do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo surge após a Ucrânia ter aceitado uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia numa reunião que decorreu na Arábia Saudita. De acordo com a declaração conjunta, os dois países concordaram em concluir o "mais rapidamente possível" um acordo para a exploração dos recursos minerais raros da Ucrânia. O entendimento prevê também o levantamento da suspensão da partilha de dados dos serviços de informação norte-americanos com as autoridades ucranianas.
"É difícil para Putin concordar com isso na sua forma atual", disse uma fonte oficial do Kremlin à Reuters, que falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade da situação. "Putin tem uma posição forte porque a Rússia está a avançar [no terreno]", acrescentou ainda a mesma fonte citada pela agência noticiosa. No fim de semana passada, a Rússia anunciou avanços na região de Kursk, invadida pela Ucrânia em agosto. Segundo o Ministério da Defesa russo, o país terá reconquistado uma dúzia de localidades. "Não precisamos de tréguas, precisamos de uma paz a longo prazo assegurada por garantias para a Federação Russa e para os seus cidadãos", disse Putin, em dezembro.
O encontro na Arábia Saudita entre Estados Unidos e Ucrânia, com vista ao fim da guerra com a Rússia, aconteceu depois de Kiev ter lançado o maior ataque de drones contra a Rússia na noite de segunda-feira. A ofensiva envolveu 337 drones e resultou na morte de pelo menos três funcionários de um armazém de carne. As autoridades ucranianas informaram que o ataque atingiu uma refinaria de petróleo perto de Moscovo. Antes da reunião, Marco Rubio informou que esta seria importante para avaliar se a Ucrânia estava disposta a fazer concessões, com vista à paz.
O presidente ucraniano esteve reunido com o presidente dos EUA no mês passado, num encontro polémico que terminou sem o acordo previsto. Posteriormente, Donald Trump decidiu suspender a ajuda militar dos EUA à Ucrânia, assim como a partilha dos serviços de inteligência, vitais para a defesa de Kiev.
No Estado do Minnesota, nos EUA, na última semana, mais um ataque civil a civis — desta vez à escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã, no dia de regresso às aulas.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.
A Cimeira do Alasca retirou dúvidas a quem ainda as pudesse ter: Trump não tem dimensão para travar a agressão de Putin na Ucrânia. Possivelmente, também não tem vontade. Mas sobretudo, não tem capacidade.
As palavras de Trump, levadas até às últimas consequências, apontam para outro destino - a tirania. Os europeus conhecem bem esse destino porque aprenderam com a sua miserável história.
