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Sudão: mais de um milhão de vacinas contra a poliomielite foram perdidas

A ONU, através do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, estima que a resposta à crise sudanesa venha a custar 445 milhões de dólares até outubro, tendo em conta o aumento do número de pessoas que se encontram a fugir do país africano.

Mais de um milhão de vacinas contra a poliomielite foram perdidas no Sudão desde que a violência no país começou a aumentar, em abril deste ano. A informação foi avançada pela UNICEF esta sexta-feira.

REUTERS/El Tayeb Siddig

Em declarações para a Reuters, Hazel De Wet, vice-diretora do Gabinete de Programas de Emergência da UNICEF, referiu que "várias instalações de frio foram roubadas, danificadas e destruídas", fatores que levaram também à perda de "um milhão de vacinas contra a poliomielite no sul de Darfur".

A UNICEF encontra-se neste momento a desenvolver uma série de campanhas de vacinação contra a poliomielite no país, depois de ter havido um surto no final de 2022.

A ONU, através do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, estimou na quinta-feira que a resposta à crise sudanesa venha a custar 445 milhões de dólares até outubro, tendo em conta o aumento do número de pessoas que se encontram a fugir do país africano.

É também estimado que cerca de 860 mil pessoas venham a sair do país. Destas, 580 mil serão sudanesas, 235 mil refugiadas até ao momento acolhidos pelo Sudão e 45 mil estrangeiros.

O plano do ACNUR pretende cobrir as necessidades destes deslocados no Chade, Sudão do Sul, Egito, Etiópia e República Centro-Africana.

Neste momento "o ACNUR e os seus parceiros já têm equipas no terreno e estão a ajudar as autoridades com apoio técnico, registando as chegadas, monitorizando a proteção e reforçando o colhimento para garantir que as necessidades urgentes são satisfeitas". Porém, o secretário da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, partilhou que está a ser difícil fazer chegar ajuda ao país.

A guerra civil que se iniciou a 15 de abril já provocou pelo menos 550 mortos e milhares de feridos.

As Nações Unidas também já pediram aos líderes militares rivais que se encontrem para discutir a proteção da população urgentemente.

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