NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
O caso de Jara, militante do Partido Comunista e colaborador do governo da Unidade Popular do antigo presidente socialista Salvador Allende (1970-1973), era um dos mais importantes que a justiça chilena ainda não havia encerrado.
O Supremo Tribunal do Chile condenou sete militares na reserva pelo sequestro e homicídio do cantor e compositor chileno Víctor Jara, um dos crimes mais emblemáticos da ditadura chilena.
Reuters
O Supremo rejeitou os argumentos da defesa contra a sentença, proferida pelo Tribunal de Recurso em novembro de 2021, que condenou Raúl Jofré González, Edwin Dimter Bianchi, Nelson Haase Mazzei, Ernesto Bethke Wulf, Juan Jara Quintana e Hernán Chacón Soto a 25 anos de prisão pelo homicídio e sequestro do músico e também do diretor do Serviço Prisional na altura, Littré Quiroga.
"Os factos descritos (...) são reais, uma vez que ocorreram num determinado lugar e tempo e estão provados, legalmente acreditados através dos meios de prova", afirmou o tribunal, na segunda-feira, num acórdão unânime.
Jara foi detido em 12 de setembro de 1973, um dia após o golpe de Estado, e morto pouco depois.
"O Tribunal, além de se referir à questão processual, tem a delicadeza de explicar os casos e os factos (...) As sentenças judiciais têm um papel reparador quando não só condenam os culpados, mas também contam as histórias das vítimas", afirmou o ministro da Justiça, Luis Cordero, após tomar conhecimento da decisão.
O caso de Jara, militante do Partido Comunista e colaborador do governo da Unidade Popular do antigo presidente socialista Salvador Allende (1970-1973), era um dos mais importantes que a justiça chilena ainda não havia encerrado.
Referência da "Nova Canção Chilena", o artista foi transferido e torturado no Estádio Chile, onde se encontravam mais de cinco mil detidos, tendo o corpo sido encontrado junto ao Cemitério Metropolitano a 16 de setembro e enterrado de forma clandestina dois dias depois.
Em dezembro de 2009, a justiça chilena ordenou a exumação dos restos mortais de Jara, para 36 anos após a morte serem enterrados numa homenagem oficial e maciça em que participou a antiga presidente chilena Michelle Bachelet (2006-2010 e 2014-2018).
O julgamento final ocorre 15 dias antes de o Chile comemorar o 50.º aniversário do golpe de Estado e no meio de uma forte polarização social sobre a versão oficial dos acontecimentos de 11 de setembro de 1973 e dos anos subsequentes da ditadura.
O regime do general Augusto Pinochet (1973-1990) durou 17 anos e deixou mais de 40 mil vítimas, entre executados, desaparecidos, presos políticos e torturados, além de mais de 3.200 opositores mortos pelas mãos de agentes do Estado.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.