Membros da NATO vão discutir, numa reunião online, o lançamento de uma "campanha de 50 dias", cumprindo o prazo porposto por Trump, para que sejam enviadas mais armas para a Ucrânia e que o presidente russo seja forçado a sentar-se à mesa de negociações.
A Rússia lançou um dos maiores ataques aéreos contra a Ucrânia nos últimos meses horas antes de o Reino Unido e a Alemanha liderarem uma reunião onde vão ser discutidos os planos de Donald Trump para que os aliados da NATO enviem armas para a Ucrânia.
AP Photo/Efrem Lukatsky
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já avançou que o ataque matou duas pessoas e feriu outras quinze, incluindo uma criança de doze anos depois de um drone ter atingido a entrada de uma estação de metro no distrito de Shevchenkivskyi onde várias pessoas se abrigavam. Já no distrito de Darnytskvi, um jardim de infância, um supermercado e um armazém foram incendiados.
Este foi o primeiro ataque russo à Ucrânia desde que o enviado especial de Trump, Keith Kellopp, chegou à cidade, na passada segunda-feira. Entre a meia-noite e as 06h00 da manhã desta segunda-feira a Rússia lançou 426 drones Shahed e 24 mísseis de vários tipos, segundo a Força Aérea da Ucrânia, que avançou também que 200 drones foram intercetados e outros 203 ficaram bloqueados ou perdidos pelos radares. O ataque demonstrou a necessidade de a Ucrânia obter mais ajuda militar por parte dos seus aliados do Ocidente, especialmente na área da defesa aérea.
Analistas internacionais têm alertado que Moscovo intensificou os seus ataques de longo alcance contra cidades ucranianas e que devem ainda aumentar tendo em conta a expansão da produção de drones russos. Já a Ucrânia continuou a utilizar os drones de longo alcance por si produzidos contra a Rússia, o Ministério da Defesa russo, informou que foram abatidos 74 drones ucranianos, 23 na região de Moscovo.
Na semana passada Trump referiu que a ajuda militar poderia voltar a chegar à Ucrânia e esta segunda-feira vai decorrer uma reunião online, liderada pelo Secretário de Defesa britânico, John Healey, e o seu homólogo alemão, Boris Pistorius, para discutir o plano.
Esta reunião é o resultado de uma mudança de tom do presidente norte-americano relativamente à guerra na Ucrânia, Trump deu um prazo de 50 dias a Putin para este concordar com um cessar-fogo ou então enfrentar sanções mais duras. John Healey já confirmou a presença do Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, o líder da NATO, Mark Rutte, e o Comandante Supremo Aliado da NATO na Europa, General Alexus Grynkewich, durante a reunião é esperado que os parceiros da NATO sejam incentivados a lançar uma "campanha de 50 dias", cumprindo o prazo porposto por Trump, para que sejam enviadas mais armas para a Ucrânia e que o presidente russo seja forçado a sentar-se à mesa de negociações, referiu o governo do Reino Unido em comunicado.
Segundo as declarações de Donald Trump, o seu plano inclui o envio de armas, especialmente os sistemas avançados de defesa aérea Patriot, norte-americanas para a Ucrânia, através dos países europeus da NATO, seja a partir de stock existente ou da compra de novas armas.
A Alemanha já avançou que se ofereceu financiar dois novos sistemas Patriot para a Ucrânia e levantou a possibilidade de fornecer sistemas que já possui, no entanto, esta entrega pode levar algo tempo porque, tal como o chanceler alemão Friedrich Merz já afirmou: "Precisam de ser transportados, montados e isso não é uma questão de horas, é uma questão de dias, talvez semanas".
Um alto funcionário da NATO afirmou que a aliança está a coordenar o envio de outras ajudas militares, como munições e projéteis de artilharia.
Entretanto Zelensky referiu no sábado que os seus funcionários propuseram uma nova ronda de negociações de paz e os meios de comunicação russos referiram que ainda não existe uma data para que as negociações aconteçam, mas deverão ser em Istambul. O porta-voz do Kremlin garantiu, no domingo, que a Rússia está aberta a negociações, mas que continua a ter como prioridade alcançar os seus objetivos.
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.