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Trump deve retomar entrega de armas à Ucrânia através dos aliados da NATO

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 11 de julho de 2025 às 21:29
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O presidente dos Estados Unidos referiu, numa entrevista, que vai fazer uma "declaração importante sobre a Rússia na segunda-feira".

Donald Trump deverá voltar a entregar armas à Ucrânia naquilo que parece uma tomada de posição da sua administração perante a frustração relativa às negociações com Vladimir Putin.

AP Photo/Jacquelyn Martin

Durante uma entrevista à NBC News o presidente dos Estados Unidos disse que ia fazer um "grande anuncia" sobre a Rússia na segunda-feira e confirmou que foi fechado um acordo com os líderes da NATO para fornecer armas à Ucrânia. "Acho que terei uma declaração importante a fazer sobre a Rússia na segunda-feira. Estou dececionado com a Rússia, mas veremos o que acontece nas próximas semanas", afirmou.  

Assim sendo é esperado que Trump aprove um grande pacote de ajuda militar e reverta a política anterior de redução do apoio ao governo ucraniano. Durante a entrevista partilhou um plano para que os Estados Unidos vendam armas aos membros da NATO para que depois sejam enviadas à Ucrânia: "O que estamos a fazer é que as armas estão a ser enviadas para a NATO, e depois a NATO vai entregá-las à Ucrânia, mas a NATO está a pagar por elas". Algumas autoridades norte-americanas têm defendido que vender armas a membros da NATO para serem enviadas para a Ucrânia é diferente de fornecer armas diretamente à Ucrânia, já que não seria a Casa Branca a tomar a decisão de enviá-las.

A Alemanha foi um dos estados-membros que já falaram publicamente sobre as negociações.

O enviado de Trump à Ucrânia, Keith Kellogg, deve chegar a Kiev no início da próxima semana para uma avaliação do Pentágono sobre o número de munições cruciais para a Ucrânia se defender da invasão russa, que têm estado a diminuir.

Desde que Trump chegou à Casa Branca, no início deste ano, que a Ucrânia também aumentou o seu investimento na produção de armamento mais moderno, incluindo drones. No entanto continua a depender dos Estados Unidos, e dos seus mísseis Patriot ou Himars, para se defender de ataques noturnos russos e atacar as linhas da frente russas.

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