NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Israel anunciou a morte do mentor dos ataques de 7 de outubro, Mohammed Deif, assim como do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. Mas há vários candidatos ao poder.
Esta quinta-feira (1), o exército israelitaanunciou a morte do chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, mentor dos ataques de 7 de outubro. Apesar de o grupo terrorista não ter confirmado a sua morte, Israel garante que esta ocorreu durante um ataque realizado a 13 de julho, na Faixa de Gaza.
Reuters
Também na passada quarta-feira o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado em Teerão, no Irão, onde foi assistir à tomada de posse do presidente do país. O ataque com uma bomba escondida há dois meses foi atribuído a Israel, que até ao momento ainda não assumiu a responsabilidade. Apesar destas mortes, o Hamas ainda tem vários comandantes e altos responsáveis que assumem a liderança. Saiba quem são, segundo um levantamento da agência noticiosa Reuters.
Khaled Meshaal
REUTERS/Denis Sinyakov (RUSSIA)
Khaled Meshaal, de 68 anos, nascido na Cisjordânia, deverá substituir Ismail Haniyeh. Já liderou o Hamas entre 2004 e 2017.
Em 1997, enquanto morava na Jordânia, tornou-se conhecido em todo o mundo depois de ter sido vítima de uma tentativa de assassinato por parte de espiões israelitas sob instruções diretas do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Os agentes tentaram envenená-lo ao injetar-lhe uma substância tóxica enquanto caminhava pela rua. Contudo, a missão fracassou. O falecido rei Hussei da Jordânia reclamou ao primeiro-ministro o antídoto da substância com que Meshaal foi injetado. Pressionado pelo então presidente dos EUA, Bill Clinton, Netanyahu acabou por o fornecer.
Mohammad Shabana
Shabana, mais conhecido como Abu Anas Shabana, é um dos veteranos comandantes armados do Hamas que resta. Chefia o seu batalhão em Rafah desde 2014, quando Israel matou três dos principais comandantes do Hamas numa guerra de 50 dias.
Segundo fontes do Hamas citadas pela Reuters, desempenhou um papel significativo no desenvolvimento da rede de túneis usados para atacar as tropas israelitas ao longo da fronteira. Foram essas estruturas que permitiram o ataque transfronteiriço em 2006 em que um soldado de Israel, Gilad Shalit, foi capturado.
Yahya Sinwar
REUTERS/Mohammed Salem
Sinwar, de 62 anos, gere os serviços de segurança interna do Hamas. Já foi preso três vezes. A última vez que foi detido, em 1988, foi condenado a quatro anos de prisão perpétua mas acabou libertado apenas em 2011, numa troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas.
Em 2015, os EUA incluíram-no na lista negra de "terroristas internacionais". Em 2017, regressou à sua posição de líder proeminente do Hamas e foi nomeado chefe do gabinete político, na Faixa de Gaza.
Acredita-se agora que Sinwar dirija as operações militares, possivelmente a partir de bunkers localizados na vasta rede de túneis em Gaza, ao mesmo tempo orienta as negociações indiretas com Israel para uma possível trégua e troca de prisioneiros, aponta a Reuters.
Rawhi Mushtaha
Mushtaha é o braço direito de Yahya Sinwar e desenvolveu as primeiras operações de segurança do Hamas no final da década de 1980, que permitiram perseguir e matar palestinianos acusados de espionar para Israel.
Foi detido e libertado juntamente com Sinwar, em 2011. Agora, foi recentemente encarregado de manter as comunicações entre o grupo e as autoridades egípcias, para abordar diversas questões, incluindo a passagem pela fronteira de Rafah.
Khalil Al-Hayya
REUTERS/Khaled al-Hariri (SYRIA)
Hayya liderou recentemente a equipa do Hamas nas negociações indiretas de cessar-fogo com Israel, sob a supervisão de Ismail Haniyeh.
Khalil Al-Hayya estava na mesma casa que Haniyeh quando se deu o ataque que matou o líder político do Hamas. Ele próprio já sobreviveu a duas tentativas de assassinato israelitas: em 2007, Israel atingiu a casa da sua família, matando os seus familiares. Em 2014, um ataque ao seu apartamento matou o filho mais velho.
Marwan Issa
Em março, Israel confirmou ter matado Marwan Issa, vice-comandante-chefe das brigadas Izzal-Din al-Qassam chefiadas por Mohammed Deif, num ataque aéreo, mas o Hamas não confirmou a sua morte.
Antes dos relatos da sua morte, estava na lista dos mais procurados de Israel. Em 2006, ficou ferido quando as forças israelitas o tentaram assassinar. Chegou a ser detido pela Autoridade Palestiniana em 1997 devido à sua atividade no Hamas, mas acabou libertado em 2000.
Conhecido pelos palestinianos como o "homem das sombras", pela sua capacidade de permanecer fora do radar do inimigo, a aparência de Issa permaneceu sempre desconhecida até 2011 até aparecer numa fotografia de grupo, tirada durante uma troca de prisioneiros.
Marwan Issa é visto como o braço direito de Mohammed Deif e segundo a Reuters, juntamente com outros dois líderes, terá formado um conselho militar secreto que tomava decisões estratégicas. Acredita-se que tenha desempenhado um papel significativo no planeamento de incursões em Israel, incluindo as mais recentes.
Mahmoud Al-Zahar
Reuters
Zahar, nascido em Gaza em 1945, é filho de pai palestiniano e mãe egípcia e já foi cirurgião. Os amigos e inimigos costumavam tratá-lo por "general" devido às suas opiniões em relação a Israel e a outros oponentes do Hamas.
Apesar de ainda não ter feito nenhuma declaração ou aparição pública desde 7 de outubro e de o seu esconderijo permanecer desconhecido, é considerado um dos líderes mais proeminentes do Hamas.
Com 79 anos, já sobreviveu a uma tentativa de assassinato israelita, em 2003. Em 2007, tornou-se ministro dos Negócios Estrangeiros nomeado pelo Hamas após o grupo ter assumido o poder em Gaza.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.