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Abramovich contrata advogados de elite para libertar fortuna congelada em Jersey

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Governo britânico exige que verba angariada com a venda do Chelsea seja destinada a ajudar as vítimas da Ucrânia.

Roman Abramovich está a fazer de tudo para voltar a aceder à sua fortuna, que se encontra 'congelada' pelos tribunais de Jersey desde 2022. E o magnata russo garante que os 1,4 mil milhões (cerca de 1,6 mil milhões de euros) que o governo britânico exige que sejam destinados, já em março, a ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia não poderão ser libertados até que a ação judicial levada a cabo pelo governo da ilha de Jersey seja concluída. Trata-se de parte dos 2,35 mil milhões (cerca de 2,7 mil milhões) que Abramovich angariou com a venda do Chelsea. A origem dos fundos do oligarca amigo de Vladimir Putin - um total de de 5,3 mil milhões de libras (6 mil milhões de euros) - está a ser investigada pelo governo de Jersey, conforme relata o jornal britânico 'The Times'.

Roman Abramovich
Roman Abramovich AP

Abramovich faz-se valer de uma equipa jurídica de peso, que inclui Lord Wolfson KC, procurador-geral da oposição na Câmara dos Lordes, e Eric Herschmann, que foi o principal conselheiro jurídico de Donald Trump no seu primeiro mandato como presidente dos Estados Unidos.

Há ainda, segundo o 'The Times', Howard Sharp, ex-procurador-geral de Jersey,  Maya Lester, advogada sénior de direitos humanos que trabalhou em muitos casos de sanções, Richard Lissack, advogado com experiência em casos financeiros, e Andrew Stafford, especialista em casos de finanças internacionais.

Os representantes do oligarca russo garantem que o dinheiro não poderá ser libertado até que a investigação e a ação judicial sejam encerradas pelo governo de Jersey. Por isso, Abramovich vai ignorar a exigência do primeiro-ministro Keir Starmer para que parte do dinheiro da venda do Chelsea seja libertado antes de 17 de março, com o intuito de o destinar a uma nova fundação para a Ucrânia.

Recorde-se que depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, e com as sanções impostas a Abramovich pelo governo do Reino Unido, Jersey iniciou uma investigação sobre a origem da fortuna do russo.

Roman Abramovich comprou o Chelsea em 2003, transformando o clube inglês numa potência europeia, mas foi forçado a vendê-lo em 2022 na sequência das sanções que o Reino Unido impôs após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O russo prometeu doar os lucros da venda às vítimas da guerra, mas os fundos ficaram congelados.

Variações Presidenciais 

Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.