Homem que atacou as crianças junto ao lago Annecy já está detido. Não são ainda conhecidas as motivações do ataque.
Quatro crianças e dois reformados ficaram feridos depois de um ataque com uma faca num parque infantil, na cidade de Annecy, nos Alpes franceses. O homem suspeito de ser o autor do ataque foi detido pelas autoridades, adiantou o ministro do Interior.
REUTERS/Denis Balibouse
Os media franceses dão conta de que duas das crianças e um adulto estão em estado muito grave. O próprio presidente francês,Emmanuel Macron confirmou o seu estado de saúde no Twitter: "Crianças e um adulto estão entre a vida e a morte. A nação está em choque", escreveu, classificando este crime como "um ato de absoluta cobardia".
O ataque aconteceu às 9h45 (8h45 em Lisboa) no Jardim da Europa, próximo do lago Annecy. Duas das crianças feridas são estrangeiras: uma neerlandesa e outra britânica, anunciaram as autoridades.
O suspeito é um homem sírio de 31 anos, indicou aos jornalistas a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne. O homem, que está detido, pediu asilo na Suécia há 10 anos e entrou em França legalmente, uma vez que pode movimentar-se livremente pelo espaço europeu. Trazia consigo documentos de identidade e carta de condução suecos. Segundo aReuters, não estava referenciado pelas autoridades e os seus motivos ainda são desconhecidos. A procuradoria local indicou que não existem indicações de que o homem teria qualquer motivação terrorista, estando a correr uma investigação por tentativa de homicídio.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, confirmou no Twitter que o homem foi detido, graças à rápida intervenção das autoridades.
Plusieurs personnes dont des enfants ont été blessés par un individu armé d’un couteau dans un square à Annecy. L’individu a été interpellé grâce à l’intervention très rapide des forces de l’ordre.
Segundo a Reuters, as crianças têm entre 3 anos e 22 meses, indicou a procuradora de Annecy, Line Bonnet-Mathis. Testemunhas no local indicam que uma das vítimas estaria num carrinho de bebé. "Ele saltou [para o parque infantil], começou a gritar e depois correu para os carrinhos, ferindo as crianças com uma faca", descreveu uma das testemunhas à BFM TV. Num vídeo que circula online vê-se o homem a correr e a saltar o pequeno muro do parque infantil. Depois corre em direção a um carrinho de bebé enquanto afasta uma mulher que o tenta travar.
Até ao momento as autoridades optaram por não revelar o nome do suspeito. Ao canal de televisão BFM TV uma mulher identificou-se como sua ex-mulher e disse que ele seria cristão. "Ele não me telefona há quatro meses. [A nossa relação] terminou porque vivemos na Suécia e ele não queria continuar a viver na Suécia", disse a mulher ao canal de televisão, citada pela Reuters. Acrescentou ainda que não lhe conhecia qualquer atitude violenta até hoje.
A Reuters indica que documentos que lhe foram mostrados revelam que o suspeito foi multado em 2022 na Suécia por fraude, por receber ao mesmo tempo apoios como desempregado e como estudante. A decisão relata problemas financeiros e até o facto de ter tido de vender as joias da mulher para pagar as contas no fim do mês.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.