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Putin sugere que reunião com Zelensky aconteça em Moscovo

Presidente ucraniano terá recusado a proposta.

O presidente russo, Vladimir Putin, terá sugerido encontrar-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Moscovo, na Rússia. A informação está a ser avançada pela Agência France Press (AFP), que cita duas fontes familiarizadas com o telefonema, que aconteceu ontem entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Vladimir Putin.

Vladimir Putin
Vladimir Putin Vyacheslav Viktorov/ Roscongress Foundation via AP

"Putin mencionou Moscovo" durante a chamada que aconteceu na segunda-feira, revelou uma das fontes à AFP. Zelensky terá respondido a esta sugestão com um "não", acrescentou.

Donald Trump com Zelensky e mais na Casa Branca, nos EUA. Após as reuniões, o presidente norte-americano confirmou que ligou a Vladimir Putin. "Após a conclusão das reuniões, liguei para o presidente Putin e comecei a organizar uma reunião, em local a ser definido, entre o presidente Putin e o presidente Zelensky", escreveu na sua rede social Truth Social.

Segundo um assessor de Putin, que confirmou também a existência deste telefonema, ambos os líderes falaram durante 40 minutos.

Para já ainda não há uma data confirmada para este encontro, nem um local - apesar de a para acolher esta cimeira e oferecer imunidade ao presidente russo. Sabe-se, no entanto, que a ideia seria haver, numa primeira fase, um encontro bilateral entre os dois líderes em conflito, e só numa segunda fase um encontro que envolvesse o próprio Donald Trump. "Após essa reunião, teremos uma reunião trilateral, que seria composta pelos dois presidentes, além de mim."

Apesar de este encontro ainda estar a ser preparado, Zelensky já disse estar aberto para uma reunião com Putin. "Se a Rússia propuser ao presidente dos Estados Unidos um encontro bilateral, veremos o resultado desse encontro bilateral e, então, poderemos ter um encontro trilateral", disse na segunda-feira o líder ucraniano em entrevista aos jornalistas que se encontravam do lado de fora da Casa Branca.

Caso esta reunião de facto se verifique, seria a primeira vez que ambos os líderes envolvidos no conflito se sentariam frente a frente na mesa de negociações, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.