Presidente russo garantiu aos jornalistas não querer a rendição da Ucrânia, mas que Kiev "reconheça as realidades no terreno". Falou ainda da posição russa no conflito entre Israel e Irão.
O presidente russo, Vladimir Putin, fez esta sexta-feira uma série de declarações públicas sobre a guerra na Ucrânia e a posição de Moscovo em relação ao conflito entre Irão e Israel. Respondendo aos jornalistas no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, o presidente russo garantiu não querer "a rendição da Ucrânia, queremos que eles reconheçam a realidade no terreno", sublinhando que a Rússia já repetiu várias vezes que Kiev devia fazer um acordo.
Vyacheslav Viktorov/ Roscongress Foundation via AP
O líder russo explicou que Moscovo procura "criar uma zona de segurança ao longo da fronteira", lembrando que as tropas russas entraram cerca de 10 km no interior da região de Sumi e que chegar à capital da região com o mesmo nome não está excluído. "Eles estão a criar-nos uma ameaça, com bombardeamentos constantes em zonas junto da fronteira. Não temos como objetivo capturar Sumi, mas não excluímos esse princípio."
Voltando a defender que russos e ucranianos são "um só povo", Putin acrescentou que "nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa". Ainda assim, afirmou que Moscovo está pronto para reconhecer a soberania da Ucrânia, embora Kiev tenha de aceitar as "realidades" dos ganhos territoriais de Moscovo e abandonar a intenção de se juntar à NATO, como condições para um possível acordo.
"A lógica da ação militar só poderia exacerbar a vossa situação, e terão de fazer conversações a partir de posições diferentes que serão piores para vocês", alertou Putin, dirigindo-se à Ucrânia. "Há uma velha regra: onde quer que um soldado russo ponha o pé, isso pertence-nos."
Já sobre o mais recente conflito entre Israel e o Irão, o presidente russo fez saber que falou com primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e que este assegurou a segurança do pessoal russo que está a trabalhar para construir dois reatores numa central nuclear no porto de Bushehr, no Irão. Ao mesmo tempo, rejeitou ter virado as costas ao seu aliado Teerão, defendendo que o Kremlin mantém laços com os dois lados. Já que Israel é casa para quase dois milhões de russos e de outras ex-nações soviéticas, "um fator que sempre tivemos em consideração". Por outro lado, garantiu que sempre cumpriu com as obrigações com Teerão, acrescentando que Moscovo apoia o direito do Irão usar energia nuclear para fins pacíficos.
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