Trump disse que Claudia Sheinbaum se tinha comprometido a fechar a fronteira com os EUA, mas ela respondeu que a política do México é a de "construir pontes".
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, respondeu à ameaça de Donald Trump decriar taxas adicionais para as importaçõesmexicanas e ainda desmentiu o presidente eleito em relação à política de imigração.
REUTERS/Raquel Cunha
Numa conferência de imprensa, Claudia Sheinbaum prometeu retaliar se Donald Trump avançar com a imposição de tarifas adicionais, quando tomar posse a 20 de janeiro de 2025. "Se houver taxas norte-americanas, o México também vai subir as tarifas", avisou, lembrando que tal medida iria acabar com 400 mil empregos nos EUA e subir os preços para os americanos.
Ao seu lado estava o ministro mexicano da Economia, Marcelo Ebrard, que pediu mais cooperação regional e menos retaliação de taxas de importação. "É um tiro no pé", defendeu, lembrando que as taxas podem duplicar os encargos das empresas americanas que têm a sua produção no México.
Ebrard apontou o setor automóvel como o mais afetado, nomeadamente, as empresas Ford, General Motors e Stellantis. Já que 88% das pickups vendidas nos EUA são produzidas no México e o seu preço seria naturalmente afetado. "A nossa estimativa é de que em média o preço destes carros suba 3.000 dólares (cerca de 2.800 euros)", indicou o ministro da Economia.
Sheinbaum: "A posição do México não é a de fechar fronteiras"
No final do dia de quarta-feira, Sheinbaum e Trump falaram ao telefone para discutir os dois tópicos de topo na agenda do norte-americano: as taxas aduaneiras e a entrada de imigrantes ilegais nos EUA. O republicano reafirmou que as taxas se vão manter até que o fluxo de drogas - em particular de fentanil - e de imigrantes nos EUA seja controlado.
Depois da conversa, Trump escreveu na sua rede social Truth que a presidente "concordou em parar a imigração vinda do México, fechando de forma eficaz a nossa fronteira do sul". Acabou a descrever a conversa como "muito produtiva".
Em resposta, no X, Sheinbaum escreveu que tinha explicado a estratégia migratória do México a Trump, que "responde" aos imigrantes antes de eles chegarem à fronteira com os EUA. "A posição do México não é a de fechar fronteiras, mas de construir pontes entre os governos e as suas populações", acrescentou.
Após estas declarações, os mercados responderam valorizando o peso mexicano em 1% contra o dólar, revertendo as perdas do dia anterior com o anúncio de tarifas.
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