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Presidente do México responde a Trump: “América mexicana, soa bem não soa?”

Gabriela Ângelo 09 de janeiro de 2025 às 17:36
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Claudia Sheinbaum respondeu à sugestão de Trump de renomear o Golfo do México de “Golfo Americano”, dizendo que os Estados Unidos deviam passar a ser chamados “América mexicana”.

"América mexicana, soa bem, não soa?" pergunta Sheinbaum a um conjunto de jornalistas enquanto aponta para um mapa de 1607 que demonstra a região dos Estados Unidos sob essa designação.

Claudia Sheinbaum
Claudia Sheinbaum REUTERS

Esta pergunta em tom de brincadeira surge após Donald Trump ter mostrado interesse na ideia de renomear o corpo de água que se estende desde a Flórida até Cancún, de Golfo do México para o "Golfo Americano". Nessa conferência de imprensa de terça-feira onde apresentou as suas ideias expansionistas que vão para além da sua ideologia "America First", o presidente eleito dos EUA reiterou a ideia de tomar o controlo do Canal do Panamá e da Gronelândia

A primeira mulher presidente do México tem vindo a responder aos ataques do próximo presidente americano durante os últimos meses, e utilizou a sua conferência de imprensa diária para dar uma aula de História, mostrando mapas antigos, e dizendo que "a América mexicana é reconhecida desde o século XVII", referindo-se ao nome dado a "toda a zona norte do continente (americano)". 

Quanto ao Golfo do México, Suarez del Real, o antigo ministro da cultura, disse que o nome tinha sido reconhecido internacionalmente e usado como uma referência de navegação marítima há centenas de anos. 

Já em novembro, a presidente tinha respondido à ameaça de Trump de criar novas tarifas para as importações de produtos mexicanos, de forma a pressionar o país a parar o fluxo da entrada de imigrantes e de fentanil nos EUA. "Se houver taxas norte-americanas, o México também vai subir as tarifas". 

Sheinbaum também deixou bem claro que o México não é dirigido por cartéis de droga, como Trump tinha insinuado. "No México o povo é que manda", acrescentando que "estamos a tratar da questão da segurança". Apesar da comunicação crispada, a presidente acha que os dois países irão conseguir manter uma relação positiva: "Acho que será uma boa relação".

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