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Presidente da Ucrânia: "Preciso de munições, não de uma boleia"

O presidente ucraniano recusou uma oferta dos EUA para abandonar o seu país. Esta manhã, divulgou mais um vídeo para provar que se encontra em Kiev.

Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, teve uma oferta dos Estados Unidos para sair do país mas recusou. Washington preparava-se para retirar Zelensky da Ucrânia de maneira a evitar que este seja capturado ou morto pelas forças russas, mas o presidente recusou. De acordo com uma fonte citada pela agência Associated Press, Zelensky afirmou: "A luta é aqui; eu preciso de munições, não de uma boleia."

Reuters

Esta manhã, o presidente ucraniano divulgou mais um vídeo em que revela estar dentro de Kiev. "Não acreditem em notícias falsas. Eu estou aqui. Não vamos depor as nossas armas. Defenderemos o nosso país. As nossas armas são a nossa força e esta é a nossa terra, o nosso país e as nossas crianças. Vamos protegê-los a todos." O vídeo foi gravado junto à Casa com Quimeras, um dos edifícios mais conhecidos de Kiev.

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A capital foi alvo de um pesado ataque esta noite, por parte dos russos. As pessoas foram aconselhadas a refugiar-se em abrigos e a afastarem-se de janelas e varandas.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Com Lusa 

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