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Ucrânia: Macron adverte que a guerra "vai durar" e que é preciso estar preparado

26 de fevereiro de 2022 às 09:09
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"Esta guerra foi escolhida unilateralmente pelo Presidente Putin", frisou o presidente francês.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, alertou hoje que a guerra na Ucrânia "vai durar" e que todos "devem estar preparados", indicando que o governo está a preparar um "plano de resiliência" para lidar com as consequências económicas desta crise.

"A guerra voltou à Europa (...). Se tivesse de vos dar uma convicção esta manhã é a de que esta guerra vai durar", disse o Presidente francês, dirigindo-se aos participantes da Feira Agrícola Internacional de Paris, que hoje inaugurou.

Citado pela agência France Presse (AFP), Macron referiu que "esta guerra foi escolhida unilateralmente pelo Presidente Putin" e falou das consequências que o conflito poderá ter nas exportações francesas, nomeadamente de produtos agrícolas.

"Certamente haverá consequências nas nossas exportações das grandes fileiras" como o vinho, cereais e rações para animais, estimou o Presidente francês, indicando que o governo está a desenhar um "plano de resiliência" com o objetivo de, primeiro, "garantir os fatores de produção para as nossas fileiras" e, depois, para "criar proteções" contra o aumento de custos.

Macron falava perante os líderes de várias organizações profissionais tendo discursado durante cerca de 20 minutos, numa altura em que os agricultores temem medidas de retaliação russas em resposta às sanções impostas pelo Ocidente.

A França é o maior fornecedor de produtos agroalimentares da Rússia, com as vendas anuais a rondarem os 780 milhões de euros, de acordo com os dados da associação agroindustrial francesa Ania.

Vários grupos industriais franceses operam na Ucrânia, sobretudo nos setores dos laticínios, cereais e sementes. Entre eles o Lactalis, que tem três unidades de produção de laticínios na antiga república socialista.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

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