Ahmed Al Jaber terá afirmado num evento a 21 de novembro: "Não existe nenhuma ciência, ou nenhum cenário, que diga que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis nos vai manter nos 1,5 graus Celsius".
O sultão Ahmed Al Jaber, presidente da COP28, reagiu às alegações que acusam o emirati de negar uma parte essencial das alterações climáticas. Al Jaber terá afirmado que "não há ciência" por detrás da exigência do fim dos combustíveis fósseis para controlar o aumento da temperatura.
REUTERS/Thaier Al-Sudani
Esta segunda-feira, o presidente da COP afirmou no início das negociações que avançam no Dubai: "Acreditamos e respeitamos muito a ciência".
Todos os participantes na conferência da ONU sobre as alterações climáticas de 2015 concordaram em reduzir as emissões de gases de efeito de estufa, nomeadamente diminuindo a utilização de combustíveis fósseis, numa tentativa de manter o aumento médio da temperatura global abaixo dos 1,5 graus Celsius em comparação com os níveis pré-industriais.
No entanto, num evento realizado a 21 de novembro, Ahmed Al Jaber terá afirmado: "Não existe nenhuma ciência, ou nenhum cenário, que diga que a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis nos vai manter na meta dos 1,5 graus Celsius".
Esta segunda-feira, quinto dia da conferência, o presidente da COP quis esclarecer a posição em relação à ciência: "Sinceramente, acho que há alguma confusão e deturpação. Estou bastante surpreso com as tentativas constantes e repetidas de minar o trabalho da presidência da COP28".
"Sou engenheiro de formação e a ciência tem sido fundamental para a minha carreira por isso sim respeito a ciência em tudo o que faço", continuou.
Assim sendo, o sultão emirati garantiu defender que "a redução e eliminação progressiva dos combustíveis fósseis são inevitáveis".
Estas declarações foram feitas ao lado do presidente do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas, Jim Skea, que afirmou que o presidente da COP28 "tem estado atento à ciência" e repetiu as considerações do painel sobre o tema: "Vou dizer isto com muita precisão. Para que o aquecimento global seja limitado a 1,5 graus Celsius, em 2050, o uso de combustíveis fósseis tem de ser bastante reduzido e o uso ininterrupto de carvão tem de ser eliminado".
Esta é uma das grandes questões das conversações da COP, onde se tem tentado encontrar a melhor altura para limitar a utilização de combustíveis fósseis. Países cujas economias dependem fortemente de combustíveis, seja para utilização ou para venda, estão relutantes em concordar com o fim da utilização de petróleo, carvão e gás, enquanto os países que estão na linha da frente do combate às alterações climáticas pedem compromissos maiores para a eliminação total dos combustíveis fósseis.
A presidência dos Emirados Árabes Unidos para a COP28 atraiu várias críticas porque este é um dos dez países que mais produz e exporta petróleo e gás, além de o presidente da conferência ser também o responsável pela Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi. A COP28 decorre no Dubai até 12 de dezembro.
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